DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO PARECE TER GANHADO UM INIMIGO DENTRO DO PRÓPRIO GOVERNO
O Programa Nuclear Brasileiro ganhou uma pedra no sapato com a indicação do ex-ministro interino do segundo mandato do governo Lula de 2007/2008 e ex-diretor da ANEEL, Nelson Hubner(foto principal), para assumir o conselho de administração da ENBPar. Será uma fase de transição da competência do Almirante Ney Zanella, profundo conhecedor da ciência nuclear, para uma fase de preconceitos contra a energia nuclear de Hubner, que começa seu mandato com o pé esquerdo, buscando levar todo seu desconhecimento para aconselhar o presidente Lula, acredite, a enterrar de vez as obras da usina nuclear Angra 3. Do alto de sua ignorância sobre o tema nuclear, ele acredita, ao contrário do mundo, que é melhor para o Brasil ter o prejuízo de bilhões e abandonar a obra da nossa terceira usina, com consequências terríveis para todo o setor nuclear do país.
O seu período à frente do ministério de Minas e Energia, para o bem do Brasil, foi de interinidade, sendo substituído pelo ex-ministro Edison Lobão. Agora ele tem uma meta de pessoal de acabar com Angra 3, paralisando as obras, demitindo milhares de trabalhadores, fechando dezenas de empresas fornecedoras, atrasando o país na geração firme e limpa de energia, desestimulando o estudo, estudantes e o conhecimento nuclear nos campos da medicina e conservação de alimentos. Hubner acredita que o país não precisa de plantas nucleares como mecanismo de segurança energética. Para ele, as hidrelétricas são mais baratas e seguras como suporte para as fontes eólica e solar, mesmo que não garantam a geração de energia firme. Até parece lobby.
O governo colocou a obra como prioritária, mas Hubner insiste que ela seja abandonada. No passado, ele convenceu Lula a encampar o projeto como forma de municiar de energia o Sudeste, intensivo em consumo para indústrias. No período da transição, ele participou com o plano de governo e se tornou um dos conselheiros mais próximos de Lula para energia. Se o presidente seguir o que ele diz, será um retrocesso nacional, com repercussões negativas internacionais. Há meses, talvez anos, muitos profissionais e empresas estão investindo pesado nas elaborações de trabalhos distintos prontos para participarem, não só de Angra 3, mas de um programa que englobará a produção e a instalação de Pequenos Reatores Nucleares no Brasil, levando energia barata, segura, firme e limpa para as regiões de todo país.
A Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) terá nova diretoria nos próximos dias. Segundo o ofício, todos os nomes foram aprovados pela Casa Civil. A maioria dos nomes da administração foi nomeada na gestão de Jair Bolsonaro e permanecia no cargo mesmo após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência. Luiz Fernando Paroli Santos(foto a direita) será o diretor-presidente da ENBPar e membro do conselho de administração da companhia, em substituição a Ney Zanella dos Santos. Wandermilson de Jesus Garcez assumirá a diretoria de comercialização de energia, no lugar de Camilla de Andrade Gonçalves Fernandes. Leandro Xingó Tenório de Oliveira assumirá a diretoria de gestão corporativa e sustentabilidade, que era ocupado interinamente por Casado, e Miguel da Silva Marques será o titular da recém-criada diretoria gestão de programas de governo. O conselho é composto por sete integrantes, sendo cinco cinco indicados pelo MME e dois pelo Ministério da Fazenda. Thiago Barral, que também é secretário de planejamento e desenvolvimento energético do MME, foi nomeado como presidente do conselho da estatal. Além de Paroli e Barral, Valter Cardeal, Nelson Hubner e Francisco Gaetani foram nomeados e empossados no conselho.
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