DESPERTA ENERGIA VIVE MOMENTO DE CRESCIMENTO E PLANEJA AMPLIAR SUA PRESENÇA NO SETOR DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA | Petronotícias




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DESPERTA ENERGIA VIVE MOMENTO DE CRESCIMENTO E PLANEJA AMPLIAR SUA PRESENÇA NO SETOR DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Marciliano FreitasA Desperta Energia, empresa especializada em geração distribuída, está aproveitando a onda de crescimento da energia solar no Brasil. Desde o início de suas operações, no final de 2022, a empresa tem crescido em média 20% ao mês e, atualmente, já administra mais de 100 usinas solares. De olho no futuro, a companhia espera administrar 200 MW de energia em até três anos, e estruturar, a partir de 2025, produtos para o mercado de capitais lastreados em ativos de energia solar. “Em 2025 pretendemos atingir cerca de 10 MW adicionais por mês para nossos consórcios, e sermos reconhecidos como a melhor empresa atuante no segmento de geração distribuída no Brasil”, disse o CEO da Desperta, Marciliano Freitas, nosso entrevistado desta quinta-feira (12). O executivo também comenta sobre o panorama do setor, os planos de expansão da companhia e os desafios regulatórios que ainda precisam ser enfrentados para otimizar o ambiente de negócios.

Para começar nossa entrevista, poderia apresentar um breve resumo sobre a atuação da empresa no mercado?

SOLARA Desperta Energia é uma empresa focada no segmento de geração distribuída de energia, no qual consumidores, através de veículos associativos (consórcios, associações, cooperativas, etc), podem alugar ou investir em usinas solares para desta forma terem acesso a energia elétrica com custos mais em conta que os atualmente cobrados pelas distribuidoras.

A Desperta inovou ao levar este benefício aos consumidores na forma de cashback na conta de luz, de maneira a melhor tangibilizar o benefício recebido mensalmente pelos consorciados. Da mesma forma, criou um programa, denominado Renda Desperta, para facilitar o entendimento e o aluguel de usinas por seus proprietários para os Consórcios administrados pela Desperta Energia.

Desde o inicio de suas atividades no final de 2022, a Desperta cresce cerca de 20% ao mês, administrando no momento mais de 100 usinas solares e adicionando, a cada mês, quase 2 MW de energia consumida pelos seus clientes. A empresa espera administrar 200 MW de energia em até 3 anos, e estruturar, a partir de 2025, produtos para o mercado de capitais lastreados em ativos de energia solar.

Qual é a sua análise sobre o atual momento do setor solar no Brasil? Quais são suas perspectivas para o crescimento desse segmento no país?

solarA geração solar apresenta o menor custo de geração de eletricidade no mundo, com tendência de aumentar ainda mais sua competitividade nos próximos anos. Em função deste fato, continuará existindo as condições para continuidade do crescimento da geração solar no Brasil e no mundo. No curto prazo, essa expansão continuará a ser positiva, na medida em que diminui a dependência da geração hidrelétrica e de outras fontes, ainda que isso implique em maiores investimentos em infraestrutura de rede, e que possa cada vez mais levar, nos momentos de pico de geração, a episódios de curtailment [redução deliberada da geração das renováveis para equilibrar a oferta e a demanda].

Este último ponto poderá ser atenuado, caso haja continuidade de queda do preço das baterias da forma como verificada nos últimos semestres, uma vez que diminuirá a energia injetada no sistema interligado nacional nos horários de pico. No médio e longo prazo, a grande competitividade da geração solar poderá levar a grande oferta de energia desta forma, possivelmente pressionando o preço da energia nos segmentos de mercado não-regulados. De qualquer forma, a expectativa é de continuidade do crescimento muito acentuado da geração solar.

Quais são os planos e estratégias da Desperta Energia para aproveitar a expansão do setor? Poderia detalhar alguns dos possíveis novos investimentos?

solarNosso intuito é levar os benefícios da geração solar de forma que os consumidores brasileiros se sintam confortáveis com esta nova maneira de consumir energia. Para isto, desenvolvemos o primeiro cashback em conta de luz do Brasil, e nossos planos são de continuar adicionando benefícios ao programa, como incentivos por adimplência e fidelidade à Desperta, possibilidades de troca por produtos únicos, etc.

Ao mesmo tempo, planejamos proporcionar a possibilidade de acesso aos benefícios da geração solar para investidores de varejo no Brasil, o que faremos com a estruturação de produtos para o mercado de capitais. No médio prazo, entendemos que nossa capacidade de entendimento dos consumidores de baixa tensão será de valor primordial para ser o parceiro preferencial destes consumidores quando existir a possibilidade de migração para o mercado livre (caso ocorra).

Como estão os negócios da empresa neste ano, e quais são as expectativas para 2025?

linhastransmissaoEste ano a Desperta Energia cresceu em média 20% ao ano, logrando adicionar quase 2 MW a cada mês ao final do terceiro trimestre, chegando a mais de 100 usinas gerando energia para seu consórcio. Em 2025 pretendemos atingir cerca de 10 MW adicionais por mês para nossos consórcios, e sermos reconhecidos como a melhor empresa atuante no segmento de geração distribuída no Brasil.

Por fim, quais são os principais gargalos e desafios atuais no setor solar que precisam ser superados para melhorar o ambiente de negócios?

Em especial, a resolução em definitivo de pendências regulatórias, tais como o chamado “encontro de contas” já com prazo de publicação vencido e devido pela Aneel. Adicionalmente, o fim em definitivo das dúvidas acerca da geração distribuída, em nossa opinião indevidamente e erroneamente levantadas pelo TCU recentemente. Além disso, é claro, não apenas do fim da existência de novas ingerências políticas sobre o segmento, mas sim da discussão e aprovação de um novo marco regulatório livre dos enormes subsídios atualmente existentes no Brasil.

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