DILMA CRITICA ADVERSÁRIOS DA PETROBRÁS E REAFIRMA COMPROMISSO COM ÍNDICES DE CONTEÚDO LOCAL | Petronotícias




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DILMA CRITICA ADVERSÁRIOS DA PETROBRÁS E REAFIRMA COMPROMISSO COM ÍNDICES DE CONTEÚDO LOCAL

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Dilma Rousseff, presidente da RepúblicaEm discurso pontuado pelo embate político que toma o cenário brasileiro, a presidente Dilma Rousseff ressaltou a importância da Petrobrás e seu papel cada vez mais central no país, criticando os “adversários” que questionaram o pré-sal anos atrás, e reiterando o compromisso com a política de conteúdo nacional. Ela fez estimativas grandiosas para os recursos gerados pelo petróleo para ás áreas de saúde e educação, previstos para somarem R$ 1,3 trilhão em 35 anos, e disse que a Petrobrás não poderia ser enfraquecida por fatos isolados, em referência a onda de acusações envolvendo a estatal. O discurso foi feito durante a cerimônia de comemoração do recorde de produção de 500 mil barris por dia no pré-sal, na sede da petroleira, no Rio de Janeiro.

“Sei que em muitos momentos esses 500 mil barris foram considerados uma ilusão. Mas, em apenas oito anos, a Petrobrás (…) mostrou aos incrédulos que o pré-sal é uma riqueza palpável e tangível”, disse, complementando a fala do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que fez longo discurso sobre o processo de criação do marco regulatório do pré-sal e sobre as críticas recebidas nos últimos anos.

Dilma ressaltou a importância da política de conteúdo local, lembrando que ela estabelece que mais de 60% de todos os equipamentos, bens e serviços para a exploração e produção sejam produzidos no Brasil.

“Vale aqui sublinhar: esses bens precisam ter suas partes e peças produzidas, e não apenas montadas, no Brasil. Isso não significa que haverá uma restrição às importações. Pelo contrário, haverá uma complementação de produtos, bens e serviços importados, mas o que fica claro aqui é que tudo que puder ser produzido no Brasil, será produzido no Brasil”, completou.

Cessão Onerosa

Sobre a contratação direta da Petrobrás para a exploração do excedente aos 5 bilhões de barris da Cessão Onerosa, a presidente destacou que, levando-se em conta as melhores estimativas, as áreas garantem à Petrobrás quase 20 bilhões de barris de óleo equivalente (a conta prevê os 5 bilhões do contrato inicial, mais a previsão mais otimista da ANP para Florim, Entorno de Iara, Nordeste de Tupi e Búzios, que somadas teriam até 15,2 bilhões de barris).

A presidente criticou os investidores que buscam lucros no curtíssimo prazo, relembrando a criação da empresa e a campanha que a precedeu, afirmando que a história do petróleo no Brasil é uma “história de mobilização popular contra a descrença, o pessimismo e o atraso”.

“Como vem ocorrendo invariavelmente ao longo da nossa história, a cada avanço da Petrobrás, volta o alarido das vozes dos que sempre quiseram que ela tivesse um papel menor. Dos que quiseram tirar do seu nome o ‘Bras’ de Brasil e colocar um ‘Brax’ estrangeiro. Ou daqueles que querem que a sua rentabilidade de curtíssimo prazo prevaleça sobre o fortalecimento a médio prazo da empresa. Mas isso não nos intimida e nem vai mudar o sentimento dos brasileiros com a Petrobrás”, disse.

Ao final, Dilma citou Nelson Rodrigues, que dizia ser a seleção “a pátria de chuteiras”, para parodiá-lo em relação à petroleira, dizendo que a Petrobrás é a pátria com as mãos sujas de óleo, e terminou o discurso em tom eleitoral:

“As vozes dos que querem diminuir a importância da Petrobrás no cenário do petróleo brasileiro e internacional se perderão mais uma vez no deserto. Aliás, serão enterradas na imensidão dos mares, cujas riquezas pertencem, mais que nunca, ao povo brasileiro”.

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