DIPLOMACIA DE LULA COM TRUMP ATRAPALHA NEGOCIAÇÕES COM OS ESTADOS UNIDOS QUE CONFIRMAM 25% DE TAXAS NO ALUMÍNIO E NO AÇO
A tarifa de 25% sobre a exportação de aço e alumínio do Brasil para os Estados Unidos, já esta valendo a partir de hoje (12). Os produtores nacionais ainda estavam na expectativa e esperançosos de que o Itamaraty pudesse prorrogar a nova taxação por mais 30 dias. Mas ninguém do Itamaraty foi atendido pelas autoridades norte-americanas. O presidente Donald Trump, com certeza, deve estar muito feliz de ter sido chamado de “nazista e fascista” pelo presidente Lula durante a campanha presidencial. E mais ainda por ter sido desafiado ontem (11) durante um evento em Minas Gerais, na sede da FIAT: “Fale Manso, não adianta gritar. Eu respeito e exijo respeito.” Na verdade, nem Lula foi momento nenhum respeitoso com presidente americano, nem a sua esposa, Janja, foi respeitosa com o principal assessor de Trump, Elon Musk. Tão desrespeitoso e desnecessário que nem vale a pena ficar lembrando. Trump, desde que assumiu, jamais falou o nome de Lula. O presidente brasileiro, por sua vez, talvez provoque o chefe da Casa Branca em busca de vitimização e para ter uma desculpa e alguém para colocar a culpa no fracasso econômico de sua administração.
Se existe uma certeza até agora é que as empresas produtoras de aço e alumínio que exportam para os Estados Unidos não podem contar com o serviço diplomático brasileiro, que se vê em palpos de aranha a cada fala do presidente em público. Portanto, o caso é negociar diretamente ou acatar o sobrepreço recíproco imposto pelos americanos. Os Estados Unidos, porém, confirmaram que não haveria exceções à medida. O Brasil é um grande exportador de aço para os Estados Unidos. Grande parte do volume que desembarca em solo americano, cerca de 90%, é de material semiacabado (placas). Siderúrgicas locais importam esse tipo de aço e o beneficiam para ser usados na fabricação de vários tipos de produtos, como automóveis, bens eletrodomésticos e máquinas e equipamentos. O setor siderúrgico americano, apesar de ser o quarto maior do mundo, é deficitário na oferta de placas às unidades de laminação independentes do país. Por isso, elas têm de importar de muitos lugares do mundo, como Canadá, Brasil, México e Coreia do Sul. Somente o Brasil, diretamente e via México, despachou 5,3 milhões de toneladas em 2024.
Três siderúrgicas brasileiras são mais afetadas com as tarifas de Trump se não houver um arranjo que permita estender o sistema de cotas: ArcellorMittal e Ternium, fabricantes de placas que exportam a maior parte de sua produção aos EUA, e a CSN com seus produtos laminados de alto valor agregado. A Uiminas não tem uma participação muito forte com os Estados Unidos. No alumínio, a CBA é a que mais sofre, pois exporta produtos laminados (folhas), mas o volume não passa de 5% das vendas da empresa, segundo informações. A empresa pertence ao grupo Votorantim. Os seus embarques representaram 17% (US$ 267 milhões) do total exportado pelo setor no ano passado − US$ 1,5 bilhão. Há empresa, como a Hydro, que não exporta nada para o mercado americano. O grupo Gerdau, além de não vender nada para os EUA, tem fabricação de aço (produtos longos comuns e especiais) no país, de onde extrai 40% de sua receita anual.
A ArcelorMittal tem a sua produção livre anual para exportação na casa de 6 milhões de toneladas. Desse volume, quase 5 milhões vão abastecer a usina de laminação de bobinas de Calvert, no Alabama (EUA), em embarques diretos ao país via México. A Ternium, do grupo Techint, tem uma siderúrgica no Rio de Janeiro, a Ternium Brasil, com capacidade para fazer 5 milhões de toneladas de placas por ano e atualmente atendendo laminadoras do grupo no México − para plantas mexicanas de laminação da empresa − e um volume pequeno para unidades próprias na Argentina. Das quase 687 mil toneladas de cotas de produtos acabados, cerca de um terço se refere a material vendido pela CSN − aços zincados e galvanizados, que somam cerca de 230 mil toneladas. Para folhas metálicas, a cota é de 14 mil toneladas. O mercado dos EUA movimenta próximo de 100 milhões de toneladas de aço ao ano, entre produção própria (80 milhões de toneladas) e material importado.
Concordo plenamente, faltou diplomacia para o Brasil, Canada, China, União Europeia, etc. Ainda mais quando estamos nos referindo ao Trump, um exemplo de diplomacia. Acredito que temos que aplaudi-lo quando ele se refere ao Brasil em seu discurso como uma economia irrelevante.
Temos também que apoia-lo em seus desejos de anexar o Canada, Groelândia ao EUA, em se apossar das reservas minerais da Ucrânia, em construir Resort na faixa de Gaza.
Estou até pensando em me mudar para o EUA.
Você está de ironia, não é?