DIRETOR DA AGÊNCIA INTERNACIONAL DESTACA O PAPEL QUE A ENERGIA NUCLEAR TERÁ CONTRA A MUDANÇA CLIMÁTICA

O Diretor Geral da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol(foto principal), destacou  o papel que a energia nuclear pode desempenhar na luta global contra a mudança climática. Birol falou no  lançamento do relatório Políticas Energéticas dos Países da AIE: Japão 2021 : “Globalmente, a energia nuclear é a segunda fonte de eletricidade limpa hoje. Ela fornece serviços de eletricidade ininterruptos sem fornecer emissões em todo o mundo, e se você olhar para as economias da OCDE, como Japão, Estados Unidos e Europa,  a energia nuclear é a fonte número um de eletricidade limpa. E tem sido assim nas últimas três décadas. Portanto, quando pensamos em segurança elétrica, quando pensamos em eletricidade limpa para atingir nossas metas climáticas, na minha opinião, a energia nuclear deve ser parte integrante do países onde governos e cidadãos são parte da solução.”

Em uma declaração conjunta, a AIE e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) observaram que, de 2020 a 2050, a demanda global de eletricidade deve mais do que dobrar. No entanto, em economias avançadas, onde a energia nuclear representa a maior fonte de eletricidade de baixo carbono, a energia nuclear está perdendo terreno, com o fechamento de usinas e investimentos limitados em novas construções no momento em que o mundo exige mais eletricidade de baixo carbono. Isso apesar do fato de que as transições de energia limpa estão se acelerando em todo o mundo, com compromissos feitos sob o Acordo de Paris e um número crescente de promessas de alcançar emissões líquidas zero em meados do século.

Brent Wanner( foto a direita), líder da  World Energy Outlook  Power Sector Modeling & Analysis na AIE, disse que a China terá o maior número de usinas nucleares do mundo dentro de uma década, enquanto a maioria das unidades regiões nucleares de longa data – Japão, União Europeia e Estados Unidos – estão enfrentando o fim de sua vida útil de projetos originais  de 40 anos. Sem o apoio político para a operação de longo prazo da frota existente, essa tendência certamente continuará, afirmou. Dados da AIE publicados esta semana mostram que já houve uma recuperação nas emissões globais após a queda na demanda de eletricidade durante a pandemia. As emissões globais de CO2 relacionadas à energia caíram 5,8% em 2020, principalmente devido ao impacto da pandemia COVID-19 em viagens e atividades econômicas. No entanto, após atingir uma baixa em abril, as emissões globais se recuperaram fortemente e subiram acima dos níveis de 2019 em dezembro.