DELP ENGENHARIA DESENVOLVE PROJETO DE SEPARAÇÃO PARA O INOVA PETRO
Por Rafael Godinho / Petronotícias –
A Delp Engenharia Mecânica S.A. é outra companhia brasileira que estrela a lista de empresas pré-aprovadas no Programa Inova Petro. Fundado em 1965, o grupo Delp conta com duas unidades fabris de grandes proporções na região metropolitana de Belo Horizonte e fornece equipamentos para o setor de Óleo&Gás (Exploração & Produção e Refino), além de atuar em diversos segmentos industriais. Entre os clientes da Delp, estão Petrobrás, FMC, Wärtisllä, Aker, entre outros. A fim de conhecer o projeto da Delp Engenharia submetido ao Inova Petro, que consiste no desenvolvimento de uma tecnologia brasileira para separação de óleo/gás/água por força centrífuga, conversamos com o presidente da empresa, Marcelo Neto Botelho. O executivo falou também sobre as dificuldades do ano de 2012, sobre as projeções para a indústria este ano, além da importância do Programa Inova Petro para a indústria brasileira de petróleo e gás.
Quais unidades compõem o grupo Delp Engenharia?
Contamos com duas grandes unidades separadas, que são geograficamente independentes. Tratam-se das fábricas de Contagem e de Vespasiano, localizadas na região metropolitana de Belo Horizonte.
O grupo Delp Engenharia se dedica a quais atividades?
Basicamente, somos fabricantes de bens de capital sob encomenda. As unidades que temos são fábricas de grande porte: a de Contagem possui uma área produtiva em torno de 30 mil metros quadrados, dentro de um terreno de 50 mil metros. Ela é voltada um pouco mais para equipamentos de refinaria e ancoragem submarina e predomina caldeiraria pesada. Basicamente, a fábrica de Contagem atua mais no refino, mas também atua em Exploração e Produção por causa da ancoragem submarina. Já nossa unidade de Vespasiano conta com uma área produtiva semelhante à Contagem, mas num terreno de 300 mil metros quadrados. Ali temos caldeiraria pesada e um parque de usinagem pesada. A diferença principal entre as duas unidades é que em Vespasiano há uma usinagem pesada mais forte, como a parte de locomotivas ferroviárias, e está mais voltada para outros equipamentos de Óleo&Gás, como manifold, árvore de natal etc., do segmento de Exploração & Produção. A siderurgia e a mineração estão presentes em ambas as fábricas.
A Delp está fazendo 48 anos. Ela sempre se dedicou a essas atividades?
Quando surgiu, a Delp era voltada para a indústria mineira de siderurgia e mineração, cimento e alumínio. Em 1998, começou a trabalhar em Óleo & Gás. A carteira de siderurgia e mineração estava muito fraca àquela época, então a Delp ingressou no mercado de Óleo & Gás. Nessa área, a empresa permaneceu e crescemos muito desde então. No começo, fornecíamos apenas para refinaria. Hoje a parte de Óleo&Gás está dividida 30% para refinaria e cerca de 70% E&P. Nossos principais clientes são Petrobrás, FMC, Subsea7, Wärtisllä, Aker, grupo Technip, entre outros.
Atualmente qual é a participação de cada setor no faturamento da empresa?
Cerca de 70% a 75% de nosso faturamento está no setor de Óleo & Gás, mas não exclusivamente. Os outros 25% são divididas em: 15% equipamentos para hidrelétrica e 10% em outros setores como ferrovia (locomotivas), mineração, siderurgia e cimento.
Qual projeto a Delp Engenharia submeteu ao Programa Inova Petro?
Nós fomos contemplados com o projeto de encapsulamento de liners, visando à capacitação (na engenharia e na fabricação) para encapsular em vasos de pressão um sistema de separação óleo e água por via de ciclone. Vou dizer a relevância disso: toda a produção de petróleo gera uma grande quantidade de água – para se ter uma idéia, metade da produção de um poço bom é água. Toda essa água tem que ser separada do óleo, e depois esse óleo deve ser purificado. Existem algumas tecnologias de separação de óleo e gás, e uma delas é o ciclone, que faz a separação pela força centrífuga. A Petrobrás quer desenvolver a engenharia de uma unidade compacta de separação, porque também existe uma preocupação muito grande de otimizar o espaço da plataforma. Essa solução já existe no mundo, mas a Petrobrás quer desenvolver localmente.
Qual é a importância do Inova Petro na visão da Delp?
Consideramos o Inova Petro um programa muito importante. Ele permite que o Brasil tenha um desenvolvimento de tecnologia e gera uma integração no mercado entre as empresas nacionais de Óleo & Gás. Além de prover o financiamento, o programa é uma porta comum: a Petrobrás anuncia aquilo que ela mesma precisa e o mercado fica sabendo para qual direção se desenvolver. Assim, o Inova Petro chama as empresas a se motivarem na busca de inovação tecnológica.
Como o senhor julga o ano de 2012 para a Delp Engenharia?
O ano passado foi um ano difícil, sobretudo no segundo semestre. O mercado encolheu um pouco e os projetos ficaram mais incertos e às vezes tiveram que ser reprogramados. Devido à reprogramação interna do projeto da Petrobrás e o fraco desenvolvimento da economia.
Quais são suas projeções para este ano de 2013?
Acredito que nesse ano haverá uma retomada dos projetos da Petrobrás, e produção crescente a partir do segundo semestre. A companhia vem arrumando a casa. Por parte da Delp, já existem alguns projetos já contratados para o primeiro semestre, além daquilo que já temos em carteira, projetos em andamento que duram vários meses. Em março e abril, prevemos que aconteçam alguns projetos de maior volume sobretudo na área de mineração. A propósito, de imediato temos mais projetos para mineração que de Óleo&Gás. Acredito que haverá um aumento da participação de outras carteiras, mas não a ponto de superar Óleo & Gás que, como falei, representa cerca de 75% do faturamento da Delp.
Prezado Sr. Marcelo Botelho.
Preciso falar com V.sa, seria possível me fornecer seu e-mail para conversarmos?
Saudações Cordiais
Richard B. dos Reis-Ex-VAIS e não é para solicitar emprego
Desculpe me Marcelo, falar que até poço bom de petróleo é prospectando 50% de óleo e 50% de água é muito desconhecimento dr sua parte.