DIRETORA DA ANP RECONHECE DIFICULDADES PARA A 13ª RODADA

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard (foto), reconheceu que o leilão da 13ª rodada de petróleo enfrentará desafios para consolidar a venda dos blocos ofertados. A rodada, que oferecerá licitações de exploração para 269 blocos em áreas de 10 estados brasileiros, poderá ser afetada pela queda no preço do combustível e pela recessão que atualmente afeta a indústria petrolífera.

Em um evento de apresentação para aproximadamente 60 investidores estrangeiros em Londres, a executiva afirmou que o regulamento definitivo do leilão será anunciado no próximo dia 12, em resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Ela, no entanto, assumiu as dificuldades que podem atingir as vendas na rodada, prevista para ocorrer em outubro deste ano. “As empresas estão nos dizendo que elas estão conservadoras por causa do nível atual dos preços do petróleo”, afirmou Chambriard.

A diretora disse que pode haver adaptações em regras de contratos para aprimorá-los. Ainda segundo ela, não há previsão de flexibilização nos percentuais para conteúdo local, o que Chambriard afirmou ser prioridade do governo para o setor. Ela reafirmou que cabe ao governo estipular o máximo e o mínimo a ser investido. “Meu conselho para as companhias é: não ofereçam um valor que não seja factível, porque, em algum momento, elas terão de pagar”, ressaltou a executiva.

A 13ª rodada de licitações para blocos de exploração irá abranger áreas que somam 125.126 km², em terra e em mar. Seguindo recomendação do Grupo Técnico de Petróleo & Gás do Ibama (GTPG), o governo deve retirar do leilão dois blocos terrestres, na Bacia do Recôncavo, e quatro blocos marítimos na Bacia do Jacuípe. Caso o corte seja aprovado, a rodada disponibilizará 263 áreas e não as 269 originalmente planejadas.