DÍVIDA ALTA DA RORAIMA ENERGIA DEIXA A DISTRIBUIÇÃO NO ESTADO EM SINAL DE ALERTA
Sinal de alerta. Sem receber energia da Venezuela desde de março, por ordem do governo federal, a Roraima Energia, distribuidora do Estado, passou a comprar 1 milhão de litros de diesel por dia para abastecer as usinas térmicas. Resultado é que a empresa já acumula dívida de quase R$ 300 milhões. Esse balanço foi mandado com preocupação da a Agência Nacional de Energia Elétrica, em Brasília. No relatório, a empresa afirma que desde 7 de março, quando o governo brasileiro mandou paralisar de vez a importação de energia da Venezuela, a situação do abastecimento ficou muito mais cara, porque passou a exigir a compra de cerca 1 milhão de litros de diesel por dia para garantir o funcionamento de usinas térmicas que abastecem o Estado e levar luz à população.
Com a energia que importava da Venezuela, Roraima já vivia condições extremamente precárias nos últimos meses, com vários apagões diariamente. O corte total dessa energia tornou a situação ainda mais difícil. O Estado tinha 82% de sua energia produzida pela Venezuela. A situação foi agravada por causa de dívidas assumidas com outras geradoras, com base na promessa de que teria uma ligação de suas instalações com a linha de transmissão do Estado com Manaus.
A linha Manaus-Boa Vista, que foi leiloada em 2012 e tinha previsão de ficar pronta em 2015, nunca avançou, porque seu projeto de cruzar 123 km de terras indígenas e o licenciamento ambiental não andou. A Roraima Energia já tinha firmado uma série de contratos com as geradoras da Eletronorte, contando que teria a linha para receber energia. Segundo a companhia, a principal causa do atraso na construção da citada linha de transmissão está ligada às questões que envolvem a obtenção do licenciamento ambiental
A Roraima Energia procurou a Eletronorte para negociar a dívida que acumula, mas a negociação não andou. Um dos motivos que atrasaram o processo de negociação, foi a Eletronorte ter mantido uma posição inflexível. A Eletronorte declarou que seu Conselho de Administração aprovou o contrato de reconhecimento de dívida com a Roraima Energia em 21 de agosto e que esse contrato foi assinado em 28 de agosto. A empresa também tenta acertar as contas com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A concessionária é cobrada em mais R$ 12 milhões pela CCEE
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