DÍVIDAS DE QUE PODEM CHEGAR A R$ 20 BILHÕES OBRIGARAM A INTERCEMENT A PEDIR RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Nunca é uma boa notícia quando empresas vivenciam suas dificuldades e chegam a um momento crítico de ter que pedir recuperação judicial. É o que está acontecendo agora com a cimenteira InterCement e o grupo Mover (ex-Camargo Corrêa). As duas empresas entraram com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Varas de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo. As dívidas da companhia são estimadas em cerca de R$ 12 bilhões — e chegam a R$ 20 bilhões, se consideradas as relações financeiras como mútuo, entre as próprias empresas do grupo. A companhia estava negociando há alguns meses uma solução que pudesse amenizar a situação, no entanto a pressão dos credores praticamente empurrou a companhia para uma estrada difícil de ser trilhada.
No meio do vulcão das dívidas, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) estava negociando a compra da Intercement, mas o anúncio da decisão da recuperação fez a CSN emitir um comunicado para anunciar que está interrompendo as negociações. Se ainda houver interesse da siderúrgica, nesses termos, as negociações terão uma tendência de ser em bases menores, mas também poderá ser uma solução para as empresas credoras. A Intercement, que era a Camargo Corrêa Cimentos, afirmou que apesar dos esforços em busca de reestruturação e equacionamento das obrigações financeiras, o prosseguimento das negociações exigiu a medida extrema tomada pela companhia. Em seu comunicado a empresa diz que “A medida conferirá estabilidade às sociedades requerentes, preservando a sua capacidade de gerar valor para seus clientes, empregados, fornecedores, parceiros e demais stakeholders, bem como de cumprir sua função social.”
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