DMS ESTUDA EXPANDIR FILIAIS NOS EUA
A DMS Logistics, sediada no Rio de Janeiro, está estudando a possibilidade de expandir suas filiais nos Estados Unidos. A empresa já atua nos seis continentes por meio de agentes e possui filiais em Nova York e em Miami, porém agora pensa em abrir outra filial no continente norte-americano, provavelmente em Houston. O Executivo de Vendas da DMS, Affonso Tissi Russo, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou um pouco sobre os últimos passos da empresa.
O que a DMS está achando do mercado de logística de óleo e gás brasileiro?
O que eu tenho visto nas feiras e nas negociações é que a logística está se destacando na cadeia de suprimento e de produção. Tanto na entrada da matéria-prima, quanto na saída do produto pronto. Os volumes de encomendas baseados no comércio exterior têm aumentado muito para suprir as necessidades das plataformas. Além disso, os equipamentos estão se modernizando cada vez mais, e os produtos e serviços estão aumentando em quantidade e em valor agregado. Por isso o Repetro (Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados à Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural) é um avanço.
Quais são as maiores dificuldades?
O Brasil não tem capacidade de produzir tudo o que a área de petróleo e gás necessita, então uma grande parte é importada. E nessa conta estão incluídas muitas coisas, principalmente maquinários, além de válvulas de pressão, equipamentos e peças… tudo que passa pelo Repetro. E isso acaba gerando uma demanda de pedidos muito grande, o que dificulta o trabalho da receita federal. Acho que precisa haver uma estruturação melhor na forma de definir o enquadramento de um produto no Repetro, pois a quantidade de pedidos acaba atrapalhando o processo.
O que a DMS tem em andamento?
Muitas coisas. Estamos nos voltando para o Repetro, mas também estamos desenvolvendo um software para melhorar o atendimento ao cliente, é o DMS Log, que atualiza as informações sobre o andamento da carga diariamente. Além disso, nós levamos o pallet da companhia aérea para nossos armazéns, fazemos a consolidação da carga ali e entregamos o pallet pronto, de forma que a probabilidade de a carga ser deixada para trás passa a zero. Estamos com projetos grandes, como a melhoria de um modal ferroviário no Brasil. Para isso vamos ao México essa semana, para uma reunião sobre a importação do que for necessário. Será um serviço para um modal de transporte ferroviário de massa, para uma grande empresa que ganhou uma licitação no Brasil, mas não podemos entrar em detalhes, para preservar o cliente. Só posso dizer que o início das importações deve levar dois meses, com cerca de 20 a 22 importações por mês e o projeto todo deve durar dois anos. Tudo de porta a porta, ou seja, fazemos a coleta da carga no exterior, o seguro internacional, o desembaraço aduaneiro e o transporte interno até o destino final.
E para os próximos anos?
A médio prazo estamos estudando expandir nossas filiais nos Estados Unidos e em São Paulo. Ainda não definimos o local, mas quem sabe o Texas não é o próximo passo? Houston é uma opção, porque é onde estão as grandes empresas ligadas à área de óleo e gás nos Estados Unidos.
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