DOIS CAMPOS EM PRODUÇÃO ENTRAM NO PLANO DE DESINVESTIMENTOS DA PETROBRÁS

A necessidade de fazer caixa dentro da Petrobrás já leva a empresa a buscar maneiras mais imediatas de se capitalizar. Dessa vez a estatal decidiu vender duas áreas que já estão em produção: Golfinho, na Bacia do Espírito Santo, e Baúna, na Bacia de Santos. A estratégia vem na sequência de outras medidas como a venda de 49% da Gaspetro para a japonesa Mitsui, em outubro.

Entre as opções postas para a companhia estava a venda de grandes áreas ainda em fase de exploração, mas essa opção não tem atraído a atenção dos players da indústria, por conta dos altos investimentos necessários e do início de produção ocorrer apenas em 2020. As informações são da Folha de São Paulo, que também afirma que campos do pré-sal em atividade estão fora da lista de potenciais vendas da estatal.

Inicialmente a Petrobrás colocou a venda seis blocos: Pão de Açúcar, Sagitário, Lebre, Carcará e Júpiter – do pré-sal – e Tartaruga Verde – no pós-sal -, com a expectativa de obter até US$ 4 bilhões com os negócios. No entanto, apenas um dos blocos do pré-sal estaria perto de ser vendido, além de alguns investidores interessados em Tartaruga Verde.

O campo de Golgilho foi descoberto em 2003 e teve sua comercialidade declarada no ano seguinte, com início de produção em 2006. A Petrobrás detém 100% dos ativos da área, que produziu uma média de 23 mil barris de petróleo por dia, em setembro. A descoberta de Baúna foi mais recente, em 2008, e sua comercialidade foi declarada em 2012, mesmo ano de entrada em operação. No mês de setembro foi registrada uma produção de 55 mil barris por dia na área, também de propriedade exclusiva da Petrobrás.

O plano de desinvestimentos elaborado pela Petrobrás tem tido um retorno mais lento do que o imaginado pelo mercado quando do seu lançamento. A expectativa era de vender US$ 13,7 bilhões em ativos até o final de 2016, mas até o momento pouco foi feito. Estão na mira para serem vendidas: termelétricas, parte da BR Distribuidora, parte da TAG, além de campos de petróleo no exterior.