DOIS EXECUTIVOS PRESOS NA OPERAÇÃO LAVA-JATO DEIXAM A CADEIA EM CURITIBA

O fim de ano foi bondoso com alguns dos presos na Operação Lava-Jato. Uma nova decisão da Justiça converteu prisões preventivas para o regime domiciliar e já nesta sexta-feira (18) foram liberados, em Curitiba, dois executivos envolvidos nos esquemas de propina em contratos da Eletronuclear. São eles o ex-presidente da AG Energia, Flávio Barra, e um dos donos da Engevix, José Antunes Sobrinho (foto).

A mudança nos regimes de prisão é decorrente de uma decisão tomada nesta semana pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro. Com a liberação, os executivos não poderão deixar suas casas, terão que entregar seus passaportes e se manterão afastados da administração de suas empresas.

Tanto Barra quanto Sobrinho são acusados de pagar propina ao ex-diretor da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, com o objetivo de favorecer licitações às suas companhias. Ambos foram indiciados por crimes de fraude, desvio de dinheiro e corrupção.

O executivo da AG Energia, preso com a deflagração da 16ª fase da operação, estava detido no Complexo Médico-Penal de Pinhais, enquanto o dono da Engevix estava preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde a 19ª fase das investigações.

O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró também devem ser beneficiados com a transferência de regime, e poderão passar o final de ano com suas famílias. A liberação está prevista em seus acordos de delação premiada, firmados junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).