DOLEIRO ACEITA FALAR SOBRE ESQUEMA NA PETROBRÁS E ASSINA ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA
Se boa parte da classe política brasileira já estava preocupada com as revelações feitas pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, agora terá ainda mais motivos para isso. O doleiro Alberto Youssef, apontado pela Polícia Federal como o outro líder do esquema de corrupção sendo investigado na estatal, assinou o acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Depois de muitas reuniões e negociações para chegarem a um senso comum, o doleiro e seus advogados selaram o acordo, e agora ele deverá revelar detalhes das operações e dos envolvidos no esquema.
Youssef corria o risco de pegar mais de 50 anos de prisão, o que teve forte influência em sua aceitação. Além disso, ele já havia feito uma delação na década de 90, durante o escândalo do Banestado, mas com as novas denúncias os processos da época foram reabertos. Isso gerou inclusive uma condenação a quatro anos e quatro meses de prisão para ele, por corrupção.
Na operação Lava Jato, ele é réu em cinco ações, incluindo denúncias de evasão de divisas, organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. O acordo de delação deverá seguir a mesma linha do assinado por Paulo Roberto, mas ainda não está certo se Youssef também receberá o benefício da prisão domiciliar, assim como o ex-diretor da Petrobrás. Caberá ao Supremo Tribunal Federal homologar o acordo, já que há parlamentares citados.
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