EBCI APOSTA NO OFFSHORE PARA DIVERSIFICAR SUAS OPERAÇÕES

Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –

Formada a partir de uma joint venture entre EBSE e a HCI, com o intuito de fornecer pacotes de tubos ao mercado, em 2011, a EBCI iniciou suas operações com contratos com o Comperj e Refinaria Abreu e Lima, mas já expandiu seu foco para a área de Exploração e Produção e para outras áreas além do segmento de Óleo e Gás, como o setor de energia. Segundo o presidente da empresa, Guilherme Cruz, houve uma mudança significativa na área de abastecimento e nos negócios das refinarias, o que fez com que a EBCI decidisse diversificar, buscando parcerias com os fabricantes de equipamento subsea.

Durante a feira Rio Oil & Gas, a EBCI se encontrará com seus clientes, focando no mercado de Exploração e Produção. Além disso, a empresa já recebe demanda direta do mercado de energia e dos segmentos sucroalcooleiro e automobilístico.

Quais são as expectativas da EBCI para a Rio Oil & Gas?

A participação será de forma mais institucional. Estaremos presentes para nos encontrarmos com nossos clientes em geral e aproveitarmos a oportunidade para estreitarmos o relacionamento com a Petrobrás, que tem importância grande no nosso negócio. No momento, nosso foco é o mercado de Exploração e Produção.

Quais foram os últimos contratos fechados pela EBCI?

Estamos seguindo com os contratos já firmados em um momento de acomodação do mercado a uma nova realidade econômica. Estamos nos qualificando em diversos clientes, nos habilitando à expansão dos negócios no mercado offshore, principalmente com os fabricantes de equipamentos subsea. Nossa expectativa é que a demanda por nossas soluções cresçam até o fim do ano e progridam ainda mais em 2015. A estratégia agora é identificar e avaliar as possibilidades de negócios e ampliá-las também para outros mercados além do óleo e gás.

Como vocês avaliam a situação atual do mercado brasileiro para os seus produtos?

A situação é muito preocupante. Com a mudança significativa que houve na área de abastecimento e nos negócios das refinarias, estabelecemos a estratégia de diversificar. O mercado de Exploração e Produção está bastante ativo, já que receberá 70% dos investimentos previstos da Petrobrás nos próximos anos. A expectativa de mercado nesse segmento é boa e a nossa área de interesse principal é a de instrumentação.

A empresa já iniciou sua expansão para além da indústria de óleo e gás?

Sim. Estamos recebendo demanda direta para o mercado de energia. Também estamos atuando forte nos segmentos sucroalcooleiro e automobilístico.

Como está a situação dos contratos com a Rnest e o Comperj?

Os dois projetos estão em uma fase bem avançada e em um ritmo lento de negócios para nós. Sem dúvida, nossos serviços para esses empreendimentos tiveram um declínio. Os projetos de refinaria tiveram um decréscimo grande e o foco mudou para o segmento offshore. Queremos ultrapassar esse momento de crise, mas não podemos esperar passivamente. A diversificação é a diretriz que estabelecemos para o nosso plano estratégico de negócios. 

As parcerias firmadas na Alemanha, durante a última edição da Tube&Wire, já estão em vigor?

As parcerias já estão em vigor. O foco principal da parceria com a Centravis é o fornecimento de aço inoxidável para aplicação em fornos industriais, trocadores de calor e instrumentação em geral. Somos os representantes exclusivos dessa empresa no Brasil e atuamos também como distribuidores para todo o mercado nacional.