EBCI VAI FORNECER PARA COMPERJ E RNEST

A EBCI surgiu em fevereiro deste ano, a partir de uma joint venture formada entre a EBSE e a HCI, com o intuito de fornecer pacotes de tubos ao mercado. Nos últimos nove meses a empresa fechou muitos contratos, sendo que só com o Comperj e com a Refinaria Abreu e Lima chegam a R$ 15 milhões em vendas. No final do mês passado a companhia tirou o Certificado de Registro de Classificação Cadastral (CRCC) da Petrobrás e agora busca estender aos seus fornecedores a linha de certificação. O presidente da empresa, Guilherme Cruz, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou sobre o primeiro ano da EBCI.

Como surgiu a EBCI?

Na verdade foi uma junção de forças. Tenho uma empresa, chamada Eurobras Piping que atua no mercado offshore europeu, importando tubos de lá para cá. A EBSE já era cliente nossa e a HCI era sócia, então surgiu o interesse de montarmos uma empresa no Brasil. Chegamos à conclusão de que podíamos unir as forças, complementando a linha da EBSE e a da HCI com os importados, de modo que a partir da criação da EBCI, os pacotes que oferecemos contam com as conexões e flanges da HCI, os tubos de aço carbono com costura acima de 12 polegadas da EBSE e com os importados, como os tubos de aço carbono sem costura, de aço liga e inox.

Quando tiraram o CRCC?

No fim do mês passado. Agora estamos estendendo aos nossos fornecedores internacionais, para que possamos cobrir toda nossa linha de materiais.

Já tem contratos fechados?

Já fechamos vários. Vamos fazer grandes entregas ao Comperj e à Rnest, além de termos assinado com empresas de energia de São Paulo e sucroalcooleiras. Só com a Rnest e o Comperj foram vendas de cerca de R$ 15 milhões.

A recente discussão sobre a tributação de tubos importados afetou alguma coisa?

A lei fala apenas de tubos de aço carbono sem costura de até 5 polegadas importados da China, então não atrapalha muito. Até temos fornecedores da China, mas a maior parte está na Europa e nos EUA. Além do que, nós fornecemos o pacote inteiro, com muitos tubos daqui e outros importados.

Trabalham com tubos de que diâmetros?

Não temos restrição de diâmetro, nem de tipo de material. A restrição que existe é respeitar o que é linha de fabricação da EBSE e da HCI. A HCI trabalha mais com flanges e conexões, enquanto a EBSE lida mais com tubos com costura, acima de 12 polegadas em aço carbono.

Tem alguma empresa no mercado brasileiro que também oferece pacotes de tubos?

Com o nível de competência que nós temos, acho que somos os melhores. Porque temos a linha completa e com as empresas mais competentes do mercado. Conseguimos juntar tudo e proporcionar a solução integrada.

Quais são os principais mercados da EBCI?

Eu diria que a parte de refinarias é onde o nosso trabalho fica mais fortalecido, mas também pode ser aplicado no offshore. É uma solução que pode ir para cada nicho dos mercados onde existe a necessidade de tubulação. Temos o fornecimento dos tubos, a montagem dos spools e a colação dos isométricos (desenho das linhas de tubulação).

Existe o projeto de expandir a atuação para outros países?

Nesse primeiro momento não temos a intenção de ir a outros mercados, porque o Brasil tem um volume muito grande de investimentos, o que vai ocupar muito as nossas atenções.

Qual a estratégia da empresa para crescer tão rápido já no primeiro ano?

Não tem muita mágica no negócio. O que fazemos é manter o foco no óleo e gás, visando os investimentos da Petrobrás, que são bastante grandes, além de termos o compromisso de suprir a demanda da melhor maneira possível.

Quais são as expectativas para o futuro?

Estamos otimistas para o próximo ano. Com a obtenção do CRCC, acreditamos que vão surgir muitas oportunidades. Estamos nos consolidando no mercado com os fornecimentos desse ano que, para uma empresa recém criada, foram bem representativos.

Em quanto devem fechar a conta de 2011?

Devemos fechar o ano com cerca de R$ 25 milhões em vendas. Esperamos em torno de 40 a 50 milhões para 2012.