EBSE APOSTA NO AQUECIMENTO DA DEMANDA DE TUBOS E BUSCA PARCERIAS PARA 2014
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
A EBSE vem aumentando continuamente sua presença no mercado brasileiro, tanto na área de caldeiraria quanto na de engenharia, e acredita que a demanda por tubos no segmento de downstream deva movimentar o mercado interno a partir de 2014. Para fortalecer a estratégia da empresa e ajudar na continuidade do crescimento, a EBSE contratou um novo gerente comercial, Bruno Matos, que desde fevereiro faz parte do quadro de funcionários. O executivo, que atua há quase 10 anos no setor de óleo e gás, prevê que a construção das refinarias Premium I e II, junto a usinas térmicas e projetos complementares do Comperj, devam começar a gerar novas demandas de tubos no mercado nacional já no próximo ano. Pensando nessas previsões, a EBSE vai à Tubotech, que começa nesta terça-feira (1) e vai até quinta (3), no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Matos conta inclusive que já tem reuniões marcadas com a maioria dos comerciantes e revendedores de tubulação que estarão presentes na feira, com o intuito de formar novas parcerias de fornecimento e apresentar a nova equipe comercial de tubulação da EBSE.
Como foi a sua vinda para a EBSE?
Eu vim em fevereiro desse ano. Já trabalho no mercado de óleo e gás há quase 10 anos, tendo relação de parcerias comerciais com a EBSE durante todo esse período, então me convidaram para ser o gerente comercial corporativo, que engloba todas as unidades.
Qual a expectativa no cargo?
A EBSE hoje é outra empresa. Ela deu um salto no volume de faturamento nos últimos trêsanos, tornando-se um fornecedor de engenharia de soluções. Então, temos uma nova empresa na mão, com um número de funcionários bastante expressivo, com diferentes e complexos produtos e serviços, como a montagem de módulos para plataformas de produção de petróleo e a engenharia voltada a projetos especiais. Temos parcerias internacionais, como a com a Frames, para o fornecimento de tecnologias de processo e não só a caldeiraria em si, como há alguns anos. O meu objetivo aqui é ajudar a fazer com que a empresa cresça de maneira sustentável, com uma carteira de qualidade, e tentar consolidar cada vez mais a companhia nos mercados em que atuamos. Também precisamos fazer a alavancagem da venda de tubos, por meio do relacionamento com revendedoras no mercado.
Como está o mercado nacional para fornecedores de tubos?
O mercado de tubos hoje está sendo muito impactado pela demanda de tubos importados. Tivemos uma queda na demanda de tubos na cadeia de downstream e um aumento da demanda na cadeia do upstream, na construção de plataformas de perfuração e FPSOs. As empresas que vão fornecer para elas têm benefícios de importação, porque na sequência elas serão exportadas e, com isso, afeta muito a competição no mercado.
De onde ele têm sido mais importados?
Da China, da Coreia, do Leste Europeu, entre outros lugares. Com isso, para conseguirmos fazer a venda nesse mercado, temos que ofertar um produto diferenciado, com um mix mais flexível, prazos de entrega mais curtos e preços mais agressivos. É difícil, mas estamos conseguindo fazer esse trabalho aos poucos.
Que tendências devem crescer no segmento?
Vejo que como tendência, em 2014, deva ser definida a construção das refinarias Premium I e II, combinado com algumas térmicas, planta de fertilizantes e com projetos complementares do Comperj. Acredito que a cadeia do downstream no geral deva aquecer e, consequentemente, a demanda de tubos deve aumentar. Como neste caso não há isenção de impostos para importação, a competição fica mais igualitária.
Como será a participação da EBSE na Tubotech?
Vamos apresentar nosso novo time comercial de tubulação. Além da minha vinda, tem um novo coordenador de vendas, e vamos buscar enaltecer nossa flexibilidade e capacidade de fornecimento, já que podemos fornecer itens em quantidades e diâmetros variados, em curto espaço de tempo. Podemos fabricar tubos bastante específicos, com materiais complexos, chapas de alta espessura, coisas que poucas empresas no Brasil têm condição de fazer. Iremos focar também no fornecimento de tubos cladeados, que será uma das mais novas soluções da EBSE. Além disso, a empresa completou 100 anos de existência em 2013. Na feira vamos divulgar e celebrar nosso centenário também.
O que esperam da feira?
A expetativa é estar perto dos comerciantes e revendedores de tubulação. Já temos reunião agendada com a maioria dos que estarão presentes e algumas visitas fora da feira. Outra expectativa é de possíveis clientes da região de São Paulo, do Polo Petroquímico da região de Capuava, por exemplo, entre outros. As indústrias da região em geral devem mandar seus gerentes de suprimentos, e nós pretendemos apresentar principalmente o que a empresa está buscando nessa área, além de procurar novos parceiros.
Quais são os principais projetos em que a EBSE está envolvida atualmente?
Na divisão de novos negócios, estamos finalizando os módulos para o FPSO Cidade de Ilha Bela, da SBM, e em negociação de outros contratos similares no mercado. Além disso, estamos no meio do fornecimento do sistema de flare do Comperj, para a Fidens, que inclui linhas de tubulação de 84 e 30 polegadas de diâmetro. Elas começaram a ser embarcadas na última semana.
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