A EBSE AVANÇA NA FABRICAÇÃO DE GRANDES ESTRUTURAS SUBMARINAS PARA BÚZIOS E ENXERGA NOVAS OPORTUNIDADES NO SETOR SUBSEA
Uma nova e promissora janela de oportunidades está abrindo-se para a centenária EBSE, maior caldeiraria privada do Brasil. A companhia está trabalhando atualmente na construção de 17 estacas de sucção para o campo de Búzios, na Bacia de Santos. Essas estruturas são usadas para garantir a estabilidade de equipamentos submarinos. O contrato foi concedido pela italiana Saipem e representa um marco no planejamento estratégico da EBSE, que agora está mirando ampliar sua participação no setor subsea. “Temos buscado expandir nossa presença nesse segmento e esse projeto é um passo crucial nessa direção”, diz o presidente da EBSE, Marcelo Bonilha, nosso entrevistado desta terça-feira (21). O executivo explica que o primeiro lote de estacas, com seis unidades, deverá ser entregue ainda em maio. A entrega de todos as estruturas está prevista para ser concluída em setembro. A construção das estacas está acontecendo em Itaguaí (RJ), graças a uma parceria firmada com a Nuclep. “ A colaboração com a Nuclep nos permite utilizar suas instalações de alta capacidade e infraestrutura avançada para a construção de componentes complexos e volumosos, como as estacas de sucção, que exigem mais movimentação de carga”, detalhou Bonilha. Por fim, o executivo se mostra otimista em relação às perspectivas de negócios no setor de óleo e gás. “Acreditamos que há muitos projetos promissores no horizonte, tanto na área de equipamentos subsea quanto na parte de topsides de plataformas”, concluiu.
Para começar nossa entrevista, poderia detalhar o escopo do contrato?
Como já é de conhecimento do mercado, a Petrobrás contratou a empresa italiana Saipem para o fornecimento do sistema submarino de Búzios 7, no pré-sal da Bacia de Santos. A Saipem tem privilegiado as empresas brasileiras e está realizando vários projetos no país, demonstrando um forte compromisso em promover o conteúdo local. Ela tem realmente buscado fazer parcerias com empresas nacionais, de modo a construir relacionamentos sustentáveis e fortalecer a cadeia de fornecimento local.
Nesse contexto, a EBSE foi contratada pela Saipem para o fornecimento de estacas de sucção para o projeto de Búzios 7. Essas estacas são componentes críticos para a estabilidade das estruturas submarinas, assegurando que as plataformas e outros equipamentos permaneçam firmemente ancorados no leito marinho.
Quando começou a execução do contrato?
O projeto começou no meio do ano passado e prevê o fornecimento de 17 estacas de sucção, cada uma com sete metros de diâmetro e 18 metros de comprimento. Essas estacas são peças essenciais para garantir a estabilidade das estruturas submarinas no campo de Búzios 7. Serão realizados três embarques para entregar todas as estacas. O primeiro embarque, com seis estacas, está programado para ser concluído até o final de maio. A entrega total dos equipamentos deve ser finalizada até setembro. Estamos realizando a construção dessas estacas na unidade fabril da Nuclep, localizada em Itaguaí, no Rio de Janeiro.
Qual a importância dessa parceria com a Nuclep?
A Nuclep sempre foi uma parceira estratégica da EBSE, principalmente pela localização geográfica, já que as fábricas das duas empresas ficam próximas. A colaboração com a Nuclep nos permite utilizar suas instalações de alta capacidade e infraestrutura avançada para a construção de componentes complexos e volumosos, como as estacas de sucção, que exigem mais movimentação de carga.
Qual a relevância deste contrato para a EBSE?
Este contrato é extremamente importante para a EBSE por várias razões. Primeiramente, é o nosso primeiro acordo fechado com a Saipem, uma das líderes globais no setor de engenharia e construção submarina. Estabelecer uma parceria com uma empresa de renome como a Saipem é um marco significativo para a nossa empresa e abre portas para futuras colaborações em projetos similares.
Além disso, esse contrato marca nossa entrada efetiva no mercado de equipamentos subsea, um segmento no qual até então não tínhamos uma atuação muito forte. Temos buscado expandir nossa presença nesse segmento e esse projeto é um passo crucial nessa direção. Por isso, esse contrato abre uma perspectiva de uma nova frente de negócios para a EBSE dentro do setor de óleo e gás.
Por fim, como estão as suas perspectivas com a indústria petrolífera?
Estamos muito otimistas em relação ao setor de óleo e gás. Acreditamos que há muitos projetos promissores no horizonte, tanto na área de equipamentos subsea quanto na parte de topsides de plataformas. Além disso, acreditamos que os projetos futuros continuarão a obedecer às exigências de conteúdo nacional, o que é extremamente benéfico para a indústria local. A Petrobrás agora está numa fase de transição. A administração que deixou a companhia entregou uma relação positiva e agora teremos a Sra. Magda Chambriard, que traz uma boa esperança de manter a companhia em crescimento. Todos do mercado já conhecem do que ela é capaz. E isso é importante. Acreditamos que a indústria do petróleo manterá este viés de crescimento com força para o reconhecimento do mercado brasileiro. A aplicação dessas políticas não apenas promove o desenvolvimento de fornecedores brasileiros, mas também fortalece a economia nacional e cria empregos.
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