EBSE CONCLUI A ENTREGA DE EQUIPAMENTO PARA O COMPERJ E CONQUISTA NOVO CONTRATO NO EXTERIOR

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

Novos tempos, novos negócios. Na esteira do ritmo de retomada que vive o setor de óleo, uma das mais tradicionais empresas da indústria brasileira, a EBSE, tem avançado na conquista de importantes contratos dentro do segmento. No último domingo, a companhia deu mais um passo decisivo nesta direção, com a entrega de um equipamento de grande porte para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) – você pode acompanhar as imagens desta operação na Seção Vídeo Corporativo, no lado direito do site. Trata-se de um vaso de separação líquido/vapor de 35 metros de comprimento, que foi encomendado pela MIP Engenharia para o flare da refinaria. “Este projeto nos trouxe um grande desafio de conciliar a fabricação e logística. Para tanto, alugamos uma fábrica em Itaboraí (RJ), próxima ao Comperj, o que permitiu o transporte do equipamento para a refinaria”, afirmou o Presidente da EBSE, Marcelo Bonilha. Concluída esta etapa, a companhia olha agora para outros importantes empreitadas no horizonte. Ainda dentro de óleo e gás, a EBSE está fabricando tubulações e spools, também para o Comperj, como parte de um contrato com o consórcio Kerui-Método. Bonilha ainda revela os resultados da diversificação de atuação. O mais recente deles é um novo negócio fechado no exterior. “Ganhamos um contrato para fornecimento de tubos em aço duplex com a empresa italiana Salini Impregilo, que está fazendo uma obra de despoluição do rio Riachuelo, na Argentina”, contou. “Já detínhamos o conhecimento e tecnologia para trabalhar com este tipo de aço por causa do pré-sal. São poucas empresas no mundo que fazem isso”, acrescentou. Bonilha também fez questão de enaltecer a equipe:  “É importante dizer que só superamos a crise devido a uma equipe tecnicamente muito competente e também muito unida. Todos sabem suas metas e se esforçam muito para conquistá-las”.

Gostaria que começasse falando sobre a entrega do equipamento para o Comperj neste final de semana.

Este foi um contrato que conquistamos com a MIP Engenharia. O escopo dele previa a fabricação de cinco equipamentos para a unidade do flare da refinaria. Neste último final de semana, entregamos o último deles. Trata-se de um vaso de separação líquido/vapor de grande dimensões. Ele possui 35 metros de comprimento e 6,68 metros de diâmetro. É um equipamento bem relevante e muito grande. 

Como se deu o processo de fabricação deste equipamento?

Este projeto nos trouxe um grande desafio de conciliar a fabricação e logística. Para tanto, alugamos uma fábrica em Itaboraí (RJ), próxima ao Comperj, o que permitiu o transporte do equipamento para a refinaria. O prazo para fabricação para um equipamento desse porte foi desafiador.  Além das grandes dimensões do vaso, tivemos que comprar o aço utilizado no exterior devido ao requisito de H2S, que aumenta a resistência do aço. Não existe fornecedor nacional para fabricação desse tipo de aço.

Cabe ressaltar que o prazo só foi atingido também devido à facilidade de entendimento com a equipe gestora da MIP, que se mostrou muito proativa e dinâmica nas resoluções dos problemas.

A EBSE também está envolvida em outros projetos dentro do Comperj?

Estamos participando de outros empreendimentos dentro do complexo, com o fornecimento para o consórcio Kerui-Método. Estamos fabricando os spools e também teremos um fornecimento muito grande de tubulação. É um contrato bastante relevante.

E em que fase se encontram estes contratos?

Estamos em fase de fabricação. Boa parte do nosso pacote de tubos já foi entregue. Devemos finalizar o restante nos próximos 30 dias. Já sobre a parte de spools, estamos no meio da fabricação.

Quais são as perspectivas na área de óleo e gás a partir de agora?

Haverá uma retomada grande deste novos projetos de offshore. Apresentamos proposta de equipamentos e módulos para Mero 2, que será construído pela SBM Offshore, um dos nossos clientes tradicionais. Estamos atentos a outras oportunidades também. Diversificamos um pouco a nossa atividade, entramos na área de serviços. Estou muito otimista. 

Poderia falar um pouco dos resultados da diversificação de negócios da EBSE? Quais são os resultados desta iniciativa?

Ganhamos um contrato para fornecimento de tubos em aço duplex com a empresa italiana Salini Impregilo, que está fazendo uma obra de despoluição do rio Riachuelo, na Argentina. Pelo fato do ambiente ser tão corrosivo, será preciso usar este aço duplex. Já detínhamos o conhecimento e tecnologia para trabalhar com este tipo de aço por causa do pré-sal. São poucas empresas no mundo que fazem isso. Por isso, conseguimos conquistar este contrato, que também é bastante relevante. As chapas vão chegar da Europa no próximo mês para começarmos a fabricação.

E no Brasil? Quais são os projetos da empresa para além da área de óleo e gás?

Estamos fazendo serviços dentro de um contrato de manutenção da parte de tubulação dos navios polares e das fragatas da Marinha. Fizemos também um serviço para outro cliente tradicional, a Eneva, que realizou uma parada de manutenção em uma planta, no Maranhão.

Durante a crise, repensamos muita coisa a respeito da empresa. Voltamos para clientes que não estávamos atendendo com tanta frequência, como a Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro] e Sabesp [Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo]. Além disso, como eu disse, partimos para área de serviços para adequar mais nosso portfólio aos momentos de crise. Hoje, estamos colhendo os frutos deste esforço comercial de diversificação. Agora, com a retomada de óleo e gás, ficaremos muito mais fortes.

CONFIRA ABAIXO A GALERIA DE FOTOS DO INÍCIO DO TRANSPORTE DO VASO DE SEPARAÇÃO RUMO AO COMPERJ: