ECONOMIA BOLIVIANA COMEÇA A SENTIR A REDUÇÃO DE COMPRA DO GÁS PELO BRASIL E ARGENTINA | Petronotícias




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ECONOMIA BOLIVIANA COMEÇA A SENTIR A REDUÇÃO DE COMPRA DO GÁS PELO BRASIL E ARGENTINA

SSACom a expansão do mercado do gás no Brasil, com o aumento do uso do gás do pré-sal, o Brasil  vai deixar de comprar gás importado. Tanto os que chegam em navios e são transformados no país, quanto o próprio gás que vem da Bolívia. O país tem importado cada vez menos.   O volume médio importado atualmente é menos da metade do de quatro anos atrás. Esta redução tem pressionado e muito a economia boliviana, que sofree um sério abalo. No acumulado do ano até julho, o Brasil comprou em média 15,2 milhões de m³  por dia. Em 2015, ainda no governo Dilma,  a média de 32,03 milhões de m3 /dia. Este ano, até julho,  a venda de gás ao Brasil gerou para a Bolívia uma receita de US$ 661,58 milhões, contra US$ 817,09 milhões no mesmo período de 2018.

Depois do Brasil, a Argentina é o segundo maior comprador do gás boliviano e também vem reduzindo as importações de gás do país vizinho. Importa atualmente uma média anual de 15 milhões de m3 /dia, contra 20 milhões de m3 /dia de quatro anos atrás. A produção de gás da Bolívia hoje é de 44,55 milhões de m3 /dia, contra a média de 58, 4 milhões de m3 /dia em 2015. Brasil e Argentina compram a maior parte do gás produzido pela Bolívia. Na Argentina, a produção de gás de xisto na região de Vaca Muerta tem diminuído a necessidade de se importar o produto da Bolívia. No caso do Brasil, um dos motivos que explicam a redução das importações de gás boliviano é o preço menor do gás natural liquefeito (GNL) no mercado internacional. Isso levou o Brasil a importar mais GNL e reduzir a compra na Bolívia.

A maior parte da compra do gás da Bolívia é feita pela Petrobrás, por meio do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), pelo contrato entre a petroleira brasileira e a YPFB. O acordo tem vigência até 31 de dezembro deste ano e é automaticamente prorrogado até que todo o volume máximo contratado seja retirado. A  ideia é que outras empresas além da Petrobrás, como o Mato Grosso faz atualmente usando um gasoduto lateral.  O Gasbol, operado pela Petrobrás, também deve ser aberto a outras empresas. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está promovendo chamada pública e receberá as propostas no dia 21.

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