ECORESTAURADORA LANÇA TECNOLOGIA NACIONAL PARA JATEAMENTO ABRASIVO E MIRA NO SETOR DE ÓLEO E GÁS
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
As empresas já estão de olho em 2018, traçando metas e objetivos para o próximo ano que já se aproxima. É o caso da EcoRestauradora, que desenvolveu um produto 100% nacional para jateamento abrasivo úmido em estruturas como Risers, Árvore de Natal, Manifolds, entre outras. A companhia espera conseguir um forte crescimento no ano que vem, principalmente com novos negócios dentro do mercado de óleo e gás. O produto da EcoRestauradora conseguiu a homologação da área técnica da Petrobrás e espera aumentar o faturamento e as vendas em até 200%, de acordo com um dos fundadores da empresa, o engenheiro Mario Teixeira Peres Júnior (foto). E as chances de novos contratos não se restringem à indústria petrolífera. “Fomos buscados pela área de mineração, por exemplo. Também temos a Braskem, um novo cliente que surgiu agora. Além disso, existe o mercado externo. Recentemente, tivemos contato do Reino Unido, Argentina, Uruguai e Emirados Árabes”, explicou o executivo.
Fale um pouco sobre a atuação da empresa.
A EcoRestauradora surgiu no interior de São Paulo atendendo ao mercado de usinas de açúcar e álcool. Depois fomos para outras áreas, como de rodovias e ferrovias. Nosso equipamento é aplicável em todos os setores. Não existe até hoje nenhum tipo de serviço o qual não conseguimos adequar nosso processo. Por exemplo, utilização em torres de alta tensão para Furnas. Todo o serviço antes era feito com lixamento manual. O resultado desse trabalho que fizemos junto com o Cepel, em 2015 e 2016, foi a revisão das normas da Eletrobrás para usar nosso processo na restauração dessas torres.
Como estão os negócios dentro do setor de óleo e gás?
Na busca de novos mercados, nós fomos contatados pela empresa CMI Group Services. Ela tem algumas unidades no Brasil e nós fomos procurados pela unidade de Macaé, no Rio de Janeiro. Fomos auditados por essa companhia e fizemos a venda de um equipamento para eles. Concretizando essa venda, surgiu um convite da CMI, vislumbrando a utilização do nosso produto na área de óleo e gás em larga escala.
O equipamento pode ser usado em que tipo de estruturas dentro da área de óleo e gás?
Risers, Permutadores, Tanques de Armazenamento e Vasos Separadores, Pipes drill, Pipe-Shop, Spools, Manutenção em Plataformas e peças estruturais como Árvore de Natal e Manifolds.
E como está a busca por novos contratos nesse mercado?
Fizemos um workshop em Macaé sobre jateamento abrasivo, o primeiro do tipo no mundo. Nesta apresentação, fomos vistos por vários tipos de pessoas da área de N1 e N2, jatos, soldas e pintura. Dentro disto, surgiu a curiosidade por parte do CENPES da Petrobrás de conhecer nosso processo. Depois desse workshop, fomos convidados para fazer a homologação do nosso equipamento junto a estatal. O que hoje se discute é que nosso equipamento vai substituir a maioria das tecnologias existentes de hidrojateamento, que é o processo mais usado dentro da Petrobrás.
Quais são as vantagens oferecidas pela tecnologia da EcoRestauradora?
A primeira é a segurança. Nosso equipamento trabalha com uma pressão de 125 psi contra 30.000 psi do hidrojateamento. Ele traz uma segurança intrínseca para o operador, que não vai se machucar na utilização. Este foi o primeiro fator que chamou a atenção da Petrobrás. O segundo fator é o padrão de jateamento, muito rápido e eficaz, com um rendimento três vezes maior do que qualquer processo. A terceira vantagem é relacionada com o meio ambiente, já que usamos um abrasivo que pode ser descartado sem prejuízo à natureza. Outra questão é o consumo de água – nosso jateamento consome de 60 a 150 litros de água por hora. O hidrojateamento consome de 1500 a 4000 litros.
Quais são as expectativas da empresa com o futuro?
As nossas perspectivas são excelentes. Hoje, não temos similar nacional para nosso equipamento, que foi desenvolvido por mim e pelo meu sócio, Gabriel Gonçalves Dias Moreno. A tecnologia é 100% nacional. O produto é o único em aço 100% inoxidável e com tecnologia em informática que gerencia o sistema de jateamento. O mercado de óleo e gás é gigantesco para nós. A partir de janeiro de 2018, com a elaboração da especificação da SEQUI pela Petrobrás e liberação de uso offshore e onshore, nossa perspectiva é crescer de 100% a 200%.
Em relação à Petrobrás, nós temos uma homologação da área técnica da empresa. Hoje, estamos na segunda fase, de análise de qualidade por parte do SEQUI – Petrobrás, que fica em São José dos Campos. Ele faz a certificação, qualificação e inspeção de equipamentos. O SEQUI está analisando a parte técnica e documental do nosso equipamento e nós vamos, provavelmente nesta semana, ter a avaliação física da tecnologia.
Além do setor de óleo e gás, a companhia também vai buscar outros mercados?
Essa abertura da área de óleo e gás nos trouxe novas possibilidades. Fomos buscados pela área de mineração, por exemplo. Também temos a Braskem, um novo cliente que surgiu agora. Além disso, existe o mercado externo. Recentemente, tivemos contato do Reino Unido, Argentina, Uruguai e Emirados Árabes. Até o ano passado, éramos bem pequenos, com o mercado regional. E, graças a Deus, crescemos muito em 2017. Tivemos um crescimento de mais de 50% em faturamento e vendas.
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