EDF PRIORIZA ESFORÇOS NA INDÚSTRIA NUCLEAR DA INGLATERRA | Petronotícias




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EDF PRIORIZA ESFORÇOS NA INDÚSTRIA NUCLEAR DA INGLATERRA

Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br)

Valerie LevkovA EDF, maior produtora e distribuidora de energia na França, passa atualmente por um momento de revitalização de sua divisão nuclear. A empresa recentemente anunciou a aquisição do setor de reatores da Areva, e vem apostando em uma renovação gradativa de seus projetos em território francês. A construção de novas unidades, no entanto, ainda é posta como uma questão a ser planejada futuramente. O momento atual é de prolongar a vida útil das plantas já existentes no país, conta a vice-presidente e gerente de negócios de novas construções nucleares da EDF, Valérie Levkov. Dessa forma, o objetivo a curto prazo da empresa, que conta com empreendimentos também no mercado brasileiro, é a estruturação e a preparação para atender a demandas e mudanças que deverão aos poucos se consolidar na França.

Apesar da importância dada a esse processo de renovação, segundo Levkov o principal projeto da companhia é ampliar sua participação no setor energético britânico: “O nosso primeiro foco no momento será o mercado inglês; o francês virá depois”.

Existem perspectivas da EDF para investimento nuclear no Brasil?

Ainda é cedo para falar a respeito de investimentos nucleares. Quando o momento para investir chegar, nós decidiremos. No momento, empresas privadas ainda não podem realizar investimentos.

Qual é a atual expectativa acerca da renovação da indústria nuclear francesa?

Existe no momento a perspectiva de mantermos nossas plantas existentes, prolongando a vida útil delas. Um dia teremos que substituir nossos reatores atuais. Então o que é muito importante é contar com uma indústria ou com esquemas prontificados para dar início a novas construções na França, mas isso não acontecerá hoje, acontecerá apenas em alguns anos.

Qual tem sido o papel do governo francês na negociação com a Areva?

O acordo com a Areva é conduzido por outros fatores. O governo desempenha papel central, já que é detentor majoritário de ações nas duas empresas. Mas antes de substituir os reatores franceses, estamos trabalhando atualmente no mercado da Inglaterra, para o qual decidiremos em breve a respeito da construção de dois novos reatores. O nosso primeiro foco no momento será o mercado inglês; o francês virá depois.

A EDF saiu do mercado nuclear norte-americano. O que motivou isso?

As condições econômicas atuais não são favoráveis a nós. Nós tínhamos a intenção de construir um reator nuclear em Maryland. Nos EUA, os únicos reatores que têm sido construídos – e são poucos – se encontram em estados regulados. Caso você não esteja em um, o preço da eletricidade não cobre o custo. Então nós decidimos suspender esse setor por enquanto e esperar por melhores condições. A EDF continua nos EUA, mas no momento não no mercado nuclear.

Como têm se dado as parcerias com a Eletrobrás? Existe perspectiva de novos investimentos?

A EDF está trabalhando com a Eletrobrás em investimentos hídricos, no momento. Para nós, parcerias com grandes companhias locais são muito importantes. Jamais viremos para cá sem a realização de parcerias locais, então ser parceira da Eletrobrás é de grande relevância. Nós fomos parceiros também da Petrobrás em nosso investimento no setor de gás brasileiro, na termelétrica Norte Fluminense. Essas parcerias são fundamentais para nós. Nós somos um player no Brasil, e pretendemos nos manter como um.

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