EDP INAUGUROU PLANTA DE PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO VERDE NO CEARÁ
A corrida pela liderança no mercado de hidrogênio verde no Brasil ganhou um novo capítulo. Hoje (19), a EDP realizou o evento de inauguração de sua planta de produção de hidrogênio verde, na cidade de São Gonçalo do Amarante, no Ceará. O empreendimento faz parte do projeto de Pesquisa & Desenvolvimento Pecém H2V e contou com investimento de R$ 42 milhões. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou do evento ao lado do CEO da EDP no Brasil, João Marques da Cruz, e do governador do Ceará, Elmano de Freitas.
A empresa já havia gerado nesta unidade, em dezembro, a primeira molécula de hidrogênio verde do país. A planta é composta por uma usina solar com capacidade de 3 megawatts pico (MWp), para garantia de origem renovável, e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível, com capacidade para produzir 250 Nm3/h do gás.
“O Ceará reúne características estratégicas para protagonizar o processo de introdução do hidrogênio verde no país, seja pelo potencial solar e eólico — fundamental para a produção do gás de maneira renovável –, seja por sua localização e oferta de infraestrutura para o escoamento desse produto ao mercado internacional”, disse João Marques da Cruz.
O projeto conta com parcerias importantes como a da NEA/Hytron, fornecedora da eletrólise e, como executores do projeto, além da EDP, estão o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel/UFRJ), o IATI e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), através do programa P&D.
Durante discurso no evento de inauguração, o ministro de Minas e Energia destacou que o hidrogênio tem grande potencial na transição energética e na busca pela neutralidade de carbono até 2050 no Brasil. “A agenda de transição energética terá absoluta prioridade na minha gestão à frente do ministério, pela importância deste tema para o desenvolvimento social, econômico e industrial do nosso país, e para a nossa contribuição internacional na redução das emissões de gases de efeito estufa no âmbito do acordo de Paris”, afirmou.
Silveira disse ainda que o ministério irá desenvolver uma política energética ambiciosa para o desenvolvimento da economia do hidrogênio no Brasil. O foco será o aprimoramento dos marcos legais e regulatórios, a redução de barreiras aos investimentos voltados tanto para o mercado doméstico como para o potencial de exportação, a aceleração do desenvolvimento tecnológico, a redução de custos e a criação de empregos.
“Vamos unir o excepcional perfil renovável da nossa matriz elétrica e nosso invejável sistema interligado com a nossa pujante indústria da bioenergia e com a nossa indústria de óleo e gás e sua gigantesca capacidade de inovação e investimento, para fazer do Brasil um dos países mais competitivos na economia do hidrogênio. Não perderemos essa janela de oportunidade”, concluiu.
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