ELETRICITÁRIOS PROMETEM GREVE DE 72 HORAS PARA EVITAR PRIVATIZAÇÃO E EXIGEM SAÍDA DO PRESIDENTE DA ELETROBRÁS
Greve anunciada dos eletricitários a partir desta segunda-feira(11). O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), colegiado que congrega confederação, federações, sindicatos e associações dos trabalhadores das empresas do setor elétrico nacional, anunciou uma paralisação de 72 horas das atividades dos trabalhadores do Sistema Eletrobrás, em protesto contra as investidas do governo na tentativa de privatização da holding e suas subsidiárias. A paralisação começa à zero hora de amanhã e irá até meia-noite da quarta-feira (13), véspera da abertura da Copa do Mundo. A CNE espera a adesão de cerca de 24 mil empregados do Sistema Eletrobrás, que compreende empresas de geração e transmissão de energia: CGTEE, Chesf, Eletronorte, Eletronuclear, Eletrosul e Furnas; além de distribuidoras dos estados do Amazonas, Acre, Alagoas, Piauí, Rondônia e Roraima. Apesar da esperada adesão em massa, o CNE alerta que a prestação dos serviços essenciais de fornecimento de energia será mantida, sem prejuízo aos consumidores, e que as equipes de manutenção e urgência estarão à disposição em caso de emergências.
Segundo Wellington Diniz, diretor jurídico do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU-MA), a categoria espera que a greve chame a atenção da população para a ameaça de privatização da Eletrobrás, que, segundo afirma, pode trazer consequências como explosão tarifária e prejudicar a segurança energética. “ Segundo uma afirmação feita no ano passado pela própria ANEEL, a privatização da Eletrobrás trará um aumento exorbitante no valor da tarifa. Além disso, com os grandes reservatórios do país nas mãos de multinacionais, não teremos controle sobre a qualidade da nossa eletricidade, sobre o uso adequado da água, e sobretudo, sobre as constantes ameaças às nossas fronteiras, já que muitos empreendimentos estão na região amazônica”. Ainda segundo Diniz, o principal pleito do movimento é a entrega do cargo pelo Presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Jr(foto), a quem aponta como “o principal mentor de um processo que já vem provocando um verdadeiro desmonte das empresas do Grupo Eletrobrás, na visão dos trabalhadores. desde que assumiu o cargo, Wilson está implementando uma reestruturação que vem atingindo direitos adquiridos pelos trabalhadores, além de diminuir a capacidade de atuação das empresas frente aos seus concorrentes mercado”.
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