ELETRONUCLEAR CONCLUI CONSULTA PÚBLICA DO EDITAL DAS OBRAS DE ANGRA 3

Mais um passo rumo à retomada. A Eletronuclear anunciou na manhã de hoje (24) que concluiu a consulta pública referente às minutas do edital e do contrato de licitação destinados à conclusão das obras de Angra 3. Segundo a companhia, cerca de 250 contribuições foram recebidas de agentes interessados, incluindo pessoas físicas e jurídicas. As respostas a essas contribuições serão divulgadas no site da empresa em até 45 dias – prazo que pode ser prorrogado.

A consulta pública, realizada com apoio técnico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), teve como objetivo coletar sugestões de melhorias nos documentos relacionados aos serviços de Engenharia, Gestão de Compras e Construção (EPC, em inglês), incluindo a Matriz de Risco e outros complementos contratuais.

Em entrevista recente, publicada pela Agência Brasil, o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, declarou que, provavelmente em julho, o BNDES deverá entregar um estudo independente que apontará a modelagem econômico-financeira, a orçamentação e também a parte jurídica do projeto. Toda a documentação será encaminhada à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e depois será validada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Conselho Nacional de Política Energética (EPE).

“Esperamos que isso ocorra até o final do terceiro trimestre de 2024, em setembro. Aí, teremos o caminho aberto para que a licitação pública ocorra até o final do primeiro semestre de 2025, com a retomada das obras no segundo semestre deste ano”, disse Lycurgo na entrevista.

Angra 3, a terceira usina nuclear brasileira, terá uma potência de 1.405 megawatts e será capaz de produzir aproximadamente 12 milhões de MWh anuais. Com isso, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 70% do consumo do estado do Rio de Janeiro. Atualmente, o empreendimento apresenta um progresso físico global de 66%.

Além disso, segundo a Eletronuclear, a usina Angra 3 desempenhará um papel crucial na diversificação da matriz elétrica e na redução dos custos totais do Sistema Interligado Nacional (SIN). Isso porque a planta substituirá a energia gerada por usinas térmicas, que apresentam alto custo de geração e são frequentemente despachadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).