ELETRONUCLEAR E SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA NUCLEAR ASSINARÃO ACORDO PARA PRODUÇÃO DE RADIOISÓTOPOS EM ANGRA 2
A Eletronuclear e a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) vão assinar um importante memorando de entendimentos amanhã (28), que pode inaugurar um novo momento na indústria nuclear brasileira. A parceria prevê a realização de estudos técnicos e de viabilidade sobre a produção de isótopos radioativos a partir da usina nuclear de Angra 2, com potencial aplicação no setor de saúde. O ato de assinatura do documento acontecerá na sede da ENBPar, em Brasília, com a presença do presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo (foto), e da presidente da SBMN, Elba Etchebehere.
O acordo prevê o estudo de uma solução para iniciar a produção do radioisótopo chamado Lutécio 177. A usina de Angra 2 possui um sistema de medição de fluxo de neutrons no interior do reator chamado aeroball. Realizando uma medição importante para a operação da usina, esse sistema consiste na circulação de pequenas esferas de aço por meio de tubos até o interior do reator, no ponto que se deseja fazer a medição.
Para a produção do Lutécio 177, esferas contendo a sua matéria-prima (Itérbio 176) são injetadas nesse sistema. Uma vez expostas à radiação, o Itérbio transforma-se em Lutécio 177, que é então remetido ao laboratório para processamento e preparação do radiofármaco. Esse processo foi testado e está sendo implantado nas usina de Cernavoda 2 na Romênia e Bruce 7 no Canadá.
O Lutécio 177 é um dos tratamentos mais modernos para o câncer de próstata, um dos mais comuns no Brasil. Trata-se porém de um tratamento caro, pois cada dose custa em média R$ 30 mil. A produção contínua desse radiofármaco em Angra 2 aumentará de forma significativa o acesso da população a esse tratamento, sem interferir de forma relevante na operação da usina ou gerar resíduos radioativos de longa duração
Que pena. Vamos usar um reator de grande porte e inadequado para irradiar átomos e torna-los úteis na medicina, salvando vidas. Sua tarefa é alimentar cidades com milhões de habitantes com eletricidade, a multiplicadora de produtividade e algoz da miséria. Já o nosso reator multi propósito, de potência baixa, muito baixa, mas com nêutrons que são aqueles que irradiam e salvam vidas, estendem vidas, colorem vidas, este está parado há uns 15 anos esperando verba e vontade de fazê-lo, além de um pouco de vergonha na cara. Usar Angra 2 para irradiar é uma digna gambiarra nuclear, o jeitinho brasileiro… Read more »
Além de 15 anos atrasado, nosso hipotético reator multi propósito ainda receberá ajuda tecnologica imprescindível da Argentina, cujo PIB é um quarto do nosso. Na física nuclear, em particular na teoria do reator, existe a figura do neutro atrasado. Ele, o neutro atrasado, saiu dos reatores contaminou e atrasou toda nossa indústria nuclear, de potência e de pesquisa. Mas assim como existe o nêutron atrasado, também existe o nêutron rápido. Que este, o nêutron rápido, também saia dos reatores e acelere nossa indústria nuclear, absolutamente incompatível com nossos 200+ milhões de brasileiros e 2+ trilhões de dólares de PIB. Lamentavelmente… Read more »
Eu teria muito cuidado ao pensar em inserir uma gambiarra no reator de Angra 2, um dos maiores do mundo, para fazer um experimento não previsto mas bases de projeto. A vontade de criar um factóide estaria superando o bom senso? E a CNEN aprova este experimento? O reator de Angra 2 não é cobaia. De última vez que fizeram isto, criaram o vírus COVID.