ELETRONUCLEAR GARANTE QUE ANGRA 2 FUNCIONA COM PLENA SEGURANÇA E TRANQUILIZA POPULAÇÃO SOBRE SITUAÇÃO DA USINA
A Eletronuclear divulgou na manhã de hoje (21) uma nota oficial sobre informações que passaram a circular na imprensa sobre um suposto “vazamento” no reator da usina nuclear Angra 2. A empresa refutou as informações de que a planta estaria “funcionando em um modo estepe” e garantiu que a unidade está em seu nível máximo de segurança, operando com 100% de potência.
Uma reportagem veiculada pelo portal R7 informou que a Eletronuclear descobriu, em dezembro do ano passado, um vazamento de água em um dos dois sistemas de vedação da tampa do reator. A matéria também alega que um manual de operação prevê a substituição do selo, mas que a Eletronuclear estaria postergando a troca por conta seu programa de austeridade.
A Eletronuclear refuta as informações publicadas na reportagem. Sobre a falha no sistema de vedação, a empresa reforça que a tampa do reator possui dois anéis (selos) concêntricos, que são responsáveis por impedir vazamentos indesejados. Entre os anéis, existe um canal de coleta (com sensores ligados à sala de controle) que conduz a um tanque de coleta. A companhia ressalta ainda que apenas um anel é necessário para garantir uma perfeita vedação.
“Recentemente, foi identificada uma pequena passagem de água pelo primeiro selo, inferior a 1 litro por dia. Esta água é coletada pelo próprio sistema do reator para um tanque de coleta, constante do projeto original da usina. O segundo selo permanece 100% íntegro, operante, e garantindo a vedação completa do sistema”, destacou a Eletronuclear.
A empresa garantiu ainda que essa é uma condição de operação dentro das especificações do projeto original da usina, tanto é que inexiste, quanto à isso, uma Condição Limite de Operação em aberto (CLO).
Sobre o manual publicado na reportagem do R7, a Eletronuclear disse se tratar de um material de treinamento interno de 2004, sem relação direta com os procedimentos operacionais atualmente utilizados na usina. “Diante disso, reforçamos que a segurança das operações permanece garantida e não há risco de acidente nuclear”, acrescentou a companhia.
Por fim, a Eletronuclear afirmou que, em qualquer cenário de necessidade, o chefe de Angra 2 (ou em sua ausência, o responsável pela sala de controle) tem autonomia para proceder com o desligamento. Além disso, os inspetores residentes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) na usina também podem solicitar o pronto desligamento a qualquer momento que julgarem necessário.
O Petronotícias também solicitou um posicionamento da CNEN sobre o episódio. Até o momento da publicação desta reportagem, a comissão ainda não havia enviado sua resposta.
O problema da passagem no primeiro selo da tampa do reator num início de ciclo, que se estende por um ano, é relevante, mas não é o mais relevante. O maior problema é a perda da confiança. Claro está que a informação veio de dentro da usina, ostentando um ambiente de grave conflito. Conflitos desta magnitude representam aguda agressão à cultura de segurança. E a cultura de segurança foi o que de mais relevante o mundo aprendeu com as cinco fusões de núcleos, TMI, Chernobyl e três em Fukushima. O encontro entre um organização treinada, mais ainda, qualificada, rigorosa, dedicada… Read more »