ELETRONUCLEAR LANÇARÁ TRÊS EDITAIS PARA GERENCIAMENTO E CONTROLE DE QUALIDADE DAS OBRAS DE ANGRA 3
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Apesar do adiamento da entrega de propostas para a licitação das obras civis e de montagem eletromecânica de Angra 3, a Eletronuclear está em ritmo avançado para retomar a construção do empreendimento. Uma das formas que a empresa encontrou para garantir a entrada em operação da planta na data prevista, novembro de 2026, foi o chamado “Plano de Aceleração do Caminho Crítico”. Dentro desse planejamento, a estatal irá lançar em breve três novos editais de contratos de serviços, que serão voltados à fiscalização e gestão da obra. Os detalhes foram apresentados nesta sexta-feira (14), durante o evento online Eletronuclear: desafios e oportunidades. O seminário foi organizado pela Associação Brasileira para Atividades Nucleares (Abdan) e transmitido ao vivo pelo Petronotícias.
“Dentro do cronograma, nossa meta de entrada em operação comercial é novembro de 2026. Não seria viável aguardar as atividades do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] para dar partida. Então, se priorizou um pacote de atividades indispensáveis que fazem parte do caminho crítico e foi iniciada a execução desse plano, com financiamento da Eletrobras para tocar essas atividades”, disse o presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães (foto).
Como já noticiamos, já está na rua a licitação para contratação das obras civis e de montagem eletromecânica dentro do Plano de Aceleração Crítica. O prazo para entrega de propostas dessa concorrência foi esticado para 29 de junho. Enquanto isso, a Eletronuclear se prepara para lançar novas concorrências na praça. “Temos diversos contratos de serviços que estão sendo preparados para serem lançados ao mercado no curto prazo. E estamos, ao mesmo tempo, renegociando muitos contratos de suprimentos”, anunciou o diretor técnico da empresa, Ricardo Luis Pereira.
Na primeira licitação citada por Pereira, a Eletronuclear quer encontrar uma empresa que a auxilie no gerenciamento da obra civil e na montagem eletromecânica. A segunda concorrência será relacionada ao controle de qualidade da obra de todas as atividades (obra, fabricação de componentes, entre outras). Já a terceira concorrência será específica para o auxílio à conclusão dos projetos de engenharia das obras civis e montagem eletromecânica. “Estamos em busca de empresas para nos auxiliar como parceiros na fiscalização e na gestão dessas três importantes atividades”, completou o diretor técnico.
A Eletronuclear vê que a entrada em operação da usina será importante para a segurança energética do país, garantindo geração firme e limpa para o sistema elétrico nacional. Enquanto isso, as obras para conclusão da planta irão gerar novos negócios e empregos para os próximos anos. No pico dos trabalhos, o canteiro de obras deve ter até 7 mil contratados diretos.
“Temos que ressaltar que a retomada das obras de Angra 3, além de seu valor por si só, por conta da sua geração de energia firme e limpa, tem fator extremamente positivo na retomada do crescimento econômico”, disse Leonam Guimarães. “Isso porque é um empreendimento que tem uma relação entre investimento e efeito multiplicador do PIB. Em uma situação em que o Brasil precisa se recuperar dos impactos da pandemia, a obra terá um impacto fundamental. Tanto é assim que existe uma expectativa enorme na região [de Angra dos Reis] no sentido da retomada das obras”, concluiu.
Deixe seu comentário