ELETRONUCLEAR REDUZIU POTÊNCIA DE ANGRA 1 APÓS PROBLEMAS EM LINHAS DE TRANSMISSÃO DA ELETROBRÁS
A Eletronuclear anunciou hoje (2) que reduziu a potência da usina nuclear Angra 1 na manhã desta quarta-feira, devido à abertura dos disjuntores de saída para as linhas de transmissão de 500kV da Eletrobrás. A carga da usina 1 foi reduzida de 642 MWe para 22 MWe de forma a alimentar os barramentos auxiliares de operações e segurança de Angra 1. Às 11h09, após a normalização das linhas de transmissão, foi iniciada a subida de potência da usina Angra 1. Esse processo leva em média, 24 horas, para atingir 100% de carga.
“É importante ressaltar que a abertura dos disjuntores ocorreu em função de problemas nas linhas de transmissão de propriedade da Eletrobrás. E, sem ter como escoar toda a energia produzida por Angra 1, ocorreu a imediata e segura redução da geração de energia”, detalhou a Eletronuclear.
A empresa acrescentou ainda que o evento não teve consequências para a segurança da usina, o meio ambiente, os trabalhadores e a população. Recentemente, conforme noticiamos, a Eletronuclear garantiu um empréstimo-ponte de R$ 800 milhões para financiar os investimentos necessários à prorrogação da licença de operação de Angra 1. A medida é parte de uma estratégia da empresa para estender a vida útil da usina por mais 20 anos.
Na realidade houve uma rejeição total de carga em Angra 1 para seus auxiliares, que consomem 22 MWe, auto suprindo suas necessidades, e não havendo o desarme da unidade, o que é bom. Com o reator operando, sincronizar ao sistema elétrico e elevar carga é mais rápido. Entretanto, e sempre existe um entretanto, Angra 2, duas vezes maior do que Angra 2, foi menos sensível e deixou o transiente todo nas mãos de sua irmã menor. Obviamente a seletividade da proteção não trabalhou em equipe. O melhor seria Angra 2 reduzir carga, a maior parte da redução, enquanto Angra 1… Read more »
Naturalmente que um sistema elétrico continental como o nosso, suprido por um conjunto de digamos 30 usinas nucleares modernas e operando junto aos centros de carga, todas a 100%de potência, traria uma estabilidade granítica ao sistema e ao país. Trinta unidades nucleares de mil MWe de potência custariam 150 bilhões de dólares overnight, aproximadamente ínfimos 7% de nosso PIB anual. Instalados em 10 anos, estaríamos falando em 0,7% do PIB anual. Nenhuma infra estrutura traria tantos benefícios, por tão pouco em tão pouco tempo. Outros países já perceberam isso, alguns há décadas. Não estariam nem aí para falta de chuvas.