ELETRONUCLEAR RESPONDEU SUGESTÕES DO MERCADO PARA O EDITAL DE ANGRA 3 E AGUARDA ESTUDO DO BNDES PARA RETOMAR A OBRA
Tirar a usina Angra 3 do papel não tem sido tarefa fácil, mas a Eletronuclear concluiu uma nova etapa para conseguir, enfim, viabilizar a retomada da obra. A empresa publicou nesta semana as respostas das contribuições recebidas durante a consulta pública às minutas do edital e do contrato de licitação que visam a conclusão das obras de Angra 3. O conteúdo está disponível no site da empresa e poderá ser acessado na íntegra por meio deste link (clicar em “Planilha de Contribuições da Consulta Pública MF 21.08.2024”). Ao todo, foram recebidas 287 contribuições de pessoas físicas e jurídicas, nacionais e internacionais.
“A consulta pública foi desenvolvida com apoio técnico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e buscou obter sugestões de melhorias nos documentos relacionados aos serviços de Engenharia, Gestão de Compras e Construção (EPC, em inglês), incluindo a Matriz de Risco e outros complementos contratuais”, declarou a empresa. Agora, a Eletronuclear aguarda com expectativa a finalização dos estudos independentes, em desenvolvimento pelo BNDES, para avaliar a plausibilidade técnica, econômica e jurídica do projeto.
Conforme noticiamos na semana passada, o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, acredita que os estudos serão entregues ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no dia 29 de setembro deste ano, depois de passar por análise da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Atualmente, a obra de Angra 3 tem 65% de trabalhos concluídos. Hoje, a Eletronuclear tem a previsão de finalizar o projeto entre 2030 e 2031. Mas para retomar a construção, precisa antes do aval do CNPE.
A usina terá potência de 1.405 megawatts, suficiente para atender 4,5 milhões de habitantes. O empreendimento representará ainda a criação de cerca de 7 mil empregos diretos, no pico da obra, além de um número muito maior de empregos indiretos. A grande maioria será contratada na Costa Verde fluminense, o que será um importante fator para movimentar a economia da região.
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