ELETRONUCLEAR RETOMA A OPERAÇÃO DA USINA NUCLEAR ANGRA 1, QUE JÁ ALCANÇOU 100% DE POTÊNCIA
A usina nuclear Angra 1 já está de volta ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Como noticiamos, a planta estava fora da rede desde o último dia 20, após um problema no sistema de óleo de selagem do seu gerador elétrico principal. O problema não teve qualquer relação com a parte nuclear da usina e não representou nenhum risco à população, trabalhadores ou meio ambiente. A usina retomou sua operação no sábado (25) e alcançou 100% de potência no final de domingo (26).
Esta foi a segunda paralisação da unidade neste mês. No dia 7, Angra 1 foi desconectada do SIN durante um teste de funcionamento das barras de controle, responsáveis por regular a potência nuclear e, quando necessário, desligar completamente o reator. Naquela ocasião, a Eletronuclear esclareceu que o evento ocorreu como parte de testes de rotina e não comprometeu a segurança operacional. A usina foi reconectada no dia seguinte (8), após a conclusão do reparo no sistema de barras de controle.
Angra 1, a primeira usina nuclear do Brasil, opera com um reator de água pressurizada (PWR), a tecnologia mais utilizada globalmente. Com uma potência de 640 megawatts, a usina produz energia suficiente para abastecer uma cidade com 2 milhões de habitantes. Nos primeiros anos de operação, Angra 1 enfrentou dificuldades causadas por falhas em alguns equipamentos, o que impactou o desempenho da planta. Esses problemas foram solucionados na década de 1990, permitindo que a unidade alcançasse padrões de desempenho alinhados às melhores práticas internacionais.
É importante esclarecer que Angra 1 faz parte da família de usinas nucleares Westinghouse, com cerca de 80 unidades em operação. Em média são usinas antigas, com aproximadamente 40 anos de operação, grande parte já com suas vidas estendidas por década no futuro. A maior parte opera nos EUA e seu desempenho em conjunto é inigualável, várias operando 18 ou 24 meses ininterruptamente, à 100% de potência, com fatores de capacidade que se aproximam de 100%. Imaginemos decolar com um avião grande totalmente carregado e fazê-lo voar com velocidade máxima por 18 a 24 meses, sem pousar ou reabastecer.. É… Read more »
A dificuldade das usinas consiste em construí-las no prazo, no escopo original e obedecendo o orçamento previsto. Para superar está dificuldades as usinas modernas são simples, sem excessos de engenharia ou malabarismo técnico. Uma vez construídas, são galinhas de ovos de ouro. Mas se falharem na construção, jamais recuperam o investimento. Contudo, a economia, com os efeitos diretos, indiretos e induzidos, e o longo prazo de operação, recupera o investimento para o país. A empresa que fracassou na construção fica em apuros, mas o país agradece. Angra 3 é isso, enquanto discutimos o destino da usina não construimos uma geração… Read more »