ELETRONUCLEAR VAI PARAR ANGRA 1 POR QUASE DOIS MESES PARA MANUTENÇÃO E REPAROS IMPORTANTES | Petronotícias




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ELETRONUCLEAR VAI PARAR ANGRA 1 POR QUASE DOIS MESES PARA MANUTENÇÃO E REPAROS IMPORTANTES

angra 1A Eletronuclear vai parar a Usina Nuclear Angra 1 no dia 6 de agosto e só voltará a religa-la no final do mês de setembro. Durante este período, a principal janela de serviços será para a substituição de três transformadores principais e será uma boa oportunidade para que as empresas especializadas  tornem-se licitantes para fazer os serviços necessários de manutenção e reparos na usina.  As empresas  interessadas precisam confirmar suas participações com a Eletronuclear para  que a empresa possa tomar as providências necessárias e liberar o acesso às áreas controladas da planta durante a esta parada. Inicialmente, o período para realizar estas inspeções será no início de  setembro, quando a Eletronuclear deixará  área ficará livre para o acesso.

A usina nuclear Angra 1 atingiu um marco importante nesta sexta-feira,23 de junho.   No ano em que completa 35 anos de operação, a unidade alcançou a produção acumulada de 100 milhões de megawatts-hora (MWh). Essa quantidade de energia é suficiente para abastecer a cidade do Rio de Janeiro por mais de cinco anos ou até o mundo inteiro por dois dias. No ano passado, Angra 1 bateu recorde de produção (5,1 milhões de MWh), em ano com parada de reabastecimento de combustível. O mesmo aconteceu com Angra 2, garantindo, assim, a segunda melhor marca da história da central nuclear de Angra.  Hoje, a geração das duas usinas – com capacidade instalada total de 1.990 MW – equivale a um terço do consumo do estado do Rio de Janeiro e a 3% do país.

O reator de Angra 1  foi fabricado pela Westinghouse e tem capacidade de geração de 640 Mw. O vaso do reator da planta tem dois bocais com diâmetro de 4 polegadas, localizados em posições diametralmente opostas na sua parede cilíndrica. O material utilizado nas extremidades e nas soldas destes bocais pode ser suscetível a trincas ocasionadas por corrosão sob tensão (PWSCC).  Ao rever a autorização de operação da usina, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) – o órgão regulador da atividade nuclear no país – solicitou que a Eletronuclear realizasse testes periódicos específicos a cada cinco anos nestas extremidades e soldas ou diminuísse as potenciais indicações,  através da aplicação de um método aceitável internacionalmente já usado em centrais nucleares nestes casos.

A empresa inspecionará as soldas durante esta parada para reabastecimento de Angra 1 e pretende aplicar o processo de sobreposição de solda (weld overlay) na parada do ano que vem, que ocorrerá no início de outubro de 2018.  Haverá uma  medição prévia em 3D da área livre próxima aos bocais, o que é um passo importante para aqueles que pretendem participar do procedimento licitatório internacional que a Eletronuclear lançará em breve para contratar este serviço. A medida possibilitaria a definição das dimensões da máquina a ser utilizada no processo. A estatal decidiu franquear a potenciais fornecedores a medição dos referidos bocais e suas tubulações conectadas dentro do envoltório de contenção, na área nuclear controlada, durante a parada de Angra 1, que começará em agosto.

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