EM EVENTO COM LULA, PETROBRÁS ANUNCIA LICITAÇÃO DE OITO NAVIOS GASEIROS E PLANOS PARA REAPROVEITAR PLATAFORMAS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta manhã (17) do anúncio de duas iniciativas de incentivo à indústria naval. Durante evento em Angra dos Reis (RJ), no Terminal da Transpetro, foi lançada a segunda licitação do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras e assinados Protocolos de Intenções para o reaproveitamento de plataformas da Petrobrás que estão em fase de desmobilização. Ao todo, a companhia vai encomendar oito novos navios gaseiros. Além de Lula, o vice Geraldo Alkmin, do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard e o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, também estiveram presentes. A geração de demandas permanentes para a indústria naval e offshore nacional é uma das prioridades do Governo Federal prometida por Lula e um compromisso também do Sistema Petrobrás. A companhia considera que este fomento a esse setor gera um círculo virtuoso de novos investimentos e oportunidades, fortalecendo a cadeia produtiva e industrial do país. O Terminal da Baía de Ilha Grande (Tebig) também está sediando a “Feira de Negócios da Indústria Naval e Offshore Brasileira“, uma iniciativa da Petrobrás e do Ministério de Minas e Energia, com a participação de representantes do setor.
Para o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, a licitação dos gaseiros evidencia o novo horizonte de crescimento da companhia. “Essa indústria [a naval] gera muitos empregos e melhora a atividade econômica na região onde estão os estaleiros, levando desenvolvimento econômico e social para vários estados brasileiros de Norte a Sul”, declarou. Ele lembrou ainda que com essa nova contratação, a empresa vai aumentar de seis para 14 o número de navios de sua frota de gaseiros, ampliando a capacidade de transporte de 36 mil para até 108 mil metros cúbicos.
Já a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, destacou os planos da companhia para reaproveitar plataformas antigas. Segundo ela, a empresa não quer “jogar navios fora” essas unidades. Para isso, a ideia é revitalizar esses navios em estaleiros nacionais. Já sobre a renovação da frota da Transpetro, Magda disse que a Petrobrás pretende contratar até 2026 mais 44 embarcações, entre navios gaseiros e barcos de apoio.
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O presidente
Lula cumprimentou os
presentes, como a gerente da Firjan, Karine Fragoso, e o empresário Rafael Torres
A licitação pública internacional lançada pela Transpetro nesta manhã para a aquisição de oito navios gaseiros com capacidades de 7 mil, 10 mil e 14 mil metros cúbicos integra o Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobrás, que teve início em julho de 2024 e concluiu em janeiro a contratação de quatro navios da classe Handy. Essa contratação vai triplicar a capacidade da Transpetro para transportar GLP e derivados e vai permitir à companhia carregar amônia. A ampliação da frota de gaseiros, de seis para 14 navios, leva em conta o aumento de produção de gás natural no país e visa atender a demanda da Petrobrás na costa brasileira e na navegação fluvial, como já ocorre na Região Norte do país e na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.
A licitação é pública e internacional e tem dois lotes, que não podem ser vencidos pelo mesmo estaleiro ou consórcio. A concorrência permite a participação de todos os estaleiros que atendam aos critérios técnicos e econômicos do edital. Um dos lotes da licitação contempla cinco navios, sendo três embarcações de 7 mil metros cúbicos e duas de 14 mil metros cúbicos de capacidade. Esses gaseiros serão do tipo pressurizado, destinados ao transporte de GLP e derivados. Já o outro lote contempla a aquisição de três navios com capacidade de 10 mil metros cúbicos, do tipo semirefrigerado. Como diferencial, essas embarcações também poderão carregar amônia, produto que atualmente não é transportado pela Transpetro. A entrada dessas novas embarcações possibilitará a ampliação da carteira de serviços da companhia.
As empresas interessadas têm o prazo de 90 dias para apresentar suas propostas. De acordo com o cronograma, o primeiro navio deve ser lançado em até 30 meses após a formalização do contrato. Os demais devem ser entregues sucessivamente a cada seis meses. Os futuros gaseiros serão até 20% mais eficientes em termos de consumo, propiciarão uma redução de 30% nas emissões de gases do efeito estufa e estarão aptos para atuar em portos eletrificados. As embarcações de apoio marítimo passaram a prever 40% de conteúdo local na construção, visando ao cumprimento das exigências perante a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além disso, elas irão incorporar o que há de mais moderno em tecnologia, evidenciando o engajamento da companhia com melhores práticas sustentáveis e inovadoras, com menor emissão de poluentes e maior eficiência energética.
A Petrobrás contratou no final do ano passado 12 novas embarcações de apoio marítimo (do tipo PSV) – especializadas em transporte de equipamentos. As embarcações serão construídas nos estaleiros próprios das empresas vencedoras, localizados em Santa Catarina. Há, ainda, previsão de contratação para mais 20 novas embarcações – sendo 10 de apoio e resposta a emergências (as chamadas OSRVs), oito para inspeção e intervenções em sistemas submarinos (RSVs) e duas para ancoragem de plataformas (AHTS). A contratação desses 10 OSRVs (Oil Spill Recovery Vessels), embarcações de última geração, reforça o compromisso da Petrobrás com as ações de prevenção e respeito ao meio ambiente.
Em um cenário em que a gestão de ativos de produção, especialmente no setor de óleo e gás, se tornou cada vez mais relevante no contexto da sustentabilidade e da circularidade, o reaproveitamento de plataformas surge como uma alternativa estratégica que está em linha com os compromissos de ASG da Petrobrás. Conforme previsto no seu Plano de Negócios 25-29, a companhia planeja desmobilizar 10 plataformas até 2029, e os protocolos de intenções firmados têm como objetivo analisar a viabilidade do reaproveitamento dessas unidades. Iniciativas e projetos de reutilização de embarcações podem gerar benefícios, como a redução de custos logísticos, o fortalecimento da base de fornecedores e a promoção de melhores práticas de sustentabilidade.
Além da Petrobrás, o protocolo de intenções para reaproveitamento das plataformas foi assinado por instituições da indústria que irão colaborar para um estudo de olhar abrangente, como o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL), Associação Brasileira das Empresas da Economia do Mar (ABEEMAR) e Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP). O programa tem entre seus objetivos reduzir a exposição da Petrobras aos afretamentos e dar maior flexibilidade e eficiência para as operações logísticas de movimentação de gases liquefeitos e outros produtos. A iniciativa integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). Está prevista a aquisição de navios para cabotagem na costa brasileira, contemplando embarcações da Classe Handy, gaseiros e de médio porte (MR1). Dezesseis embarcações já estão previstas no Plano de Negócios da Petrobrás 2025-2029. A Transpetro já iniciou estudos para o lançamento, no início do segundo trimestre, de uma nova licitação para a contratação de quatro navios de médio porte (MR1), com capacidade de 35 mil Toneladas de Porte Bruto (TPB).
A volta da 7 brasil começou?
#Lulaladrao, mentiroso hipócrita