EM MEIO AOS DESAFIOS DE LICENCIAMENTO, DIRETOR DA PETROBRÁS REVELA PLANOS DA EMPRESA PARA A MARGEM EQUATORIAL
A Margem Equatorial e os reflexos que ela terá para indústria petrolífera brasileira é um tema muito abordado pelos executivos e empresários presentes na OTC Houston 2023. O diretor de Exploração e Produção (E&P) da Petrobrás, Joelson Falcão, participou de um painel do evento e revelou os planos da companhia para a região. Uma das novidades é que a Petrobrás buscará integrar as operações de E&P da Margem Equatorial a novas fontes de energia. Contudo, nem tudo são flores. Diante do imbróglio para liberação de licença ambiental, a Petrobrás poderá deslocar o navio-sonda ODN-II – que está aguardando para iniciar a perfuração na Bacia da Foz do Amazonas.
Falcão lembrou que a Petrobrás ainda aguarda a emissão da licença que permite a perfuração na Foz do Amazonas. Contudo, o Ibama produziu recentemente um parecer interno recomendando que a licença ambiental para perfuração na área seja negada. A decisão final, no entanto, ficará nas mãos do presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho. O diretor de E&P da Petrobrás explicou que caso a licença não seja expedida, a sonda de perfuração será deslocada para a Bacia Potiguar.
Ainda que diante desse desafio na Bacia da Foz do Amazonas, a Petrobrás tem grandes planos para a Margem Equatorial – área que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Uma dessas iniciativas é o desenvolvimento do chamado “ecossistema de energia”. Na prática, a companhia avalia desenvolver novos projetos de E&P que incorporem, em todo seu ciclo de vida, a associação com soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa no longo prazo como, por exemplo, a energia eólica offshore, o hidrogênio de baixo carbono e a captura de carbono, entre outras fontes em estudo.
“Olhando para o futuro, a transição energética e a segurança energética são hoje prioridade da indústria global de energia. Por isso, em nossos projetos de E&P, buscamos cada vez mais conciliar a redução de riscos com a incorporação da agenda ambiental, social e de governança. Além disso, estamos utilizando as mais modernas tecnologias em áreas de nova fronteira, porque um E&P orientado por dados e digital permite não só a construção de melhores modelos preditivos e a maior previsibilidade, como também aumenta a eficiência, impulsiona os resultados e reduz a intensidade de carbono das operações”, afirmou Falcão.
Na noite de ontem (1º), Joelson participou também de dois eventos paralelos à OTC: a recepção promovida pela Câmara de Comércio Brazil-Texas (Bratecc) e o Brazil Energy Meeting, organizado pela Zoom Out. Em ambas as ocasiões, o diretor falou sobre a estratégia em curso de preparar a Petrobrás e o Brasil para uma Transição Energética sustentável e segura.
“Estamos avançando em uma nova fase de redução da nossa pegada de carbono, não só no segmento de exploração e produção, mas no nosso portfólio como um todo. Pretendemos identificar novas oportunidades de negócios na área de E&P, bem como avaliar sinergias em captura e armazenamento de carbono, transição energética e iniciativas socioambientais por meio de parcerias”, destacou.
Rolando o lero! A Petrobras não tem “músculos” para participar das muitas concorrências internacional para exploração de petróleo e nem é convidada para a formação de qualquer consórcio para isso.
E, menos ainda, para a área de eólicas offshore.
Tudo bazofia!