EM MEIO À GREVE DOS CAMINHONEIROS, PETROLEIROS PREPARAM PARALISAÇÃO PARA QUARTA-FEIRA
A semana promete ser intensa. Depois da greve dos caminhoneiros, que sacudiu Brasília e trouxe – e continua trazendo – reflexos para todo o País, os petroleiros estão planejando uma série de movimentos para os próximos dias. A ideia é fazer uma greve nacional de advertência de 72 horas, a partir do primeiro minuto de quarta-feira (30). Os trabalhadores reivindicam menores preços do gás de cozinha e dos combustíveis, além de se dizerem contrários à privatização da empresa. Eles ainda pedem a saída imediata do presidente da estatal, Pedro Parente.
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), já neste domingo (27), os petroleiros farão novos atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes que estão em processo de venda: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia. Para amanhã, o sindicato diz que vai organizar atos públicos e mobilizações em todo o Sistema Petrobrás para criticar a atual política de preços de combustíveis que, segundo a entidade, foi feita sob encomenda para atender ao mercado e às importadoras de derivados.
“O número de importadoras de derivados quadruplicou nos últimos dois anos, desde que Parente adotou preços internacionais, onerando o consumidor brasileiro para garantir o lucro do mercado. Em 2017, o Brasil foi inundado com mais de 200 milhões de barris de combustíveis importados, enquanto as refinarias, por deliberação do governo Temer, estão operando com menos de 70% de sua capacidade. O povo brasileiro não pagará a conta desse desmonte”, detalhou a FUP, em comunicado.
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