EM REUNIÃO COM O GSI, ABDAN PROPÕE ELABORAÇÃO DE NOVO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO E APRESENTA POTENCIAL DOS SMRs | Petronotícias




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EM REUNIÃO COM O GSI, ABDAN PROPÕE ELABORAÇÃO DE NOVO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO E APRESENTA POTENCIAL DOS SMRs

_MG_6627A atualização do Programa Nuclear Brasileiro (PNB) entra em pauta. O tema foi apresentado no dia 2 de agosto ao ministro-chefe do GSI, Marcos Antonio Amaro dos Santos, pela Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN). As diretrizes da atual Política Nuclear Brasileira são relativamente recentes – já que foram lançadas em 2018 durante o governo de Michel Temer.  No entanto, o PNB foi elaborado na década de 1970 e já não reflete mais a realidade e as tecnologias mais atuais do setor. O tema foi levado ao ministro do GSI pelo presidente da ABDAN, Celso Cunha, e também pelo membro do Conselho Curador da associação, Aldo Malavasi.

Levamos ao GSI a necessidade dessa atualização do Programa Nuclear Brasileiro e o ministro ficou muito interessado em fazer isso acontecer”, contou Cunha. Além disso, o encontro serviu também para debater sobre o potencial do Brasil na utilização dos chamados Pequenos Reatores Modulares (SMRs, na sigla em inglês). O presidente da ABDAN lembrou que essa tecnologia poderá ajudar muitas indústrias a trilharem o caminho da descarbonização. Mas para que isso seja efetivamente possível, segundo Cunha, será preciso rever o monopólio da União.

_MG_6623A lei atual de autoprodução de energia permite a geração nuclear por uma siderúrgica nacional, por exemplo. Uma indústria desse tipo poderia usar a fonte nuclear e produzir alumínio e aço verde, livre de emissões. Mas sem a flexibilização do monopólio, nada disso vai acontecer”, explicou Cunha. Nesse contexto de descarbonização, muitas indústrias poderiam optar por usar os SMRs para geração de energia. 

A ABDAN, em parceria com o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel/UFRJ) produziu um vasto documento, de mais de 1.000 páginas, fazendo uma análise de todas as barreiras para entrada da tecnologia de SMRs no Brasil”, detalhou Cunha. O presidente da ABDAN lembra ainda que algumas empresas, inclusive, já assinaram acordos visando trazer suas respectivas tecnologias de SMR para o Brasil. 

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