EMISSÕES DE GÁS CARBÔNICO PARA GERAÇÃO DE ENERGIA AUMENTAM EM 182%
Com o acionamento das usinas térmicas, a emissão de gás carbônico para a geração de energia equivalente a um megawat-hora cresceu 182% entre o primeiro semestre de 2012 e o mesmo período deste ano. Na mesma comparação envolvendo os anos de 2010 e 2012, o volume emitido do gás estufa pela matriz energética brasileira havia caído 3,5%. O aumento acentuado do despacho das termelétricas movidas a gás natural, derivados de petróleo e carvão foi a política escolhida para compensar a diminuição da oferta da matriz hidráulica, causada pelo regime de chuvas abaixo do esperado.
A média mensal do acumulado de janeiro a julho de 2012 mostra a geração por hidrelétricas como responsável por 89% da energia produzida, enquanto as térmicas responderam por 7,3%. Dois anos depois, as térmicas quase triplicaram a presença na matriz, para 21,7% do total, enquanto as hidrelétricas caíram para 74,6%.
Com o aumento da poluição para gerar energia, que pode tirar do Brasil o potencial de liderança nas negociações internacionais sobre o clima, a alternativa mais defendida pelo mercado é a energia nuclear. A Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) vem defendendo a abertura do mercado ao setor privado, que tem interesse em investir no segmento e já declarou estar disposto a apoiar novos projetos no Brasil. Além de não emitir gases poluentes, o aumento da geração nuclear daria maior estabilidade ao setor energético, já que se trata de uma energia firme, não dependente de fatores sazonais, como vento e chuvas.
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