EMPRESA BRASILEIRA APROVEITA AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS NA ÁREA DO GÁS E DE GERAÇÃO SOLAR EM PORTUGAL
O empresário brasileiro, Paulo Fernandes (foto principal), Presidente da Liderroll, está de volta à Portugal para dar sequência as conversações sobre uma atuação no gigantesco Porto de Sines, no norte do país. Além de receber mais de 200 mil brasileiros, Portugal também está tornando-se em um polo de novos negócios, com destaque especial para o setor de energia, principalmente por estar querendo ser um Hub de gás para Europa e também um bom exemplo para implantação residencial e empresarial no segmento de energia solar. Enquanto este Hub se não concretiza, o terminal da REN, em Sines, tem prevista a chegada de um navio proveniente de Sabetta, na Rússia, no dia 5, no próximo sábado. Será a terceira carga de gás russo a entrar em Portugal este ano. Mas há conversações bem adiantadas para receber mais gás dos Estados Unidos e distribuir internamente e, através de um gasoduto a ser construído até a Espanha e de lá, aproveitando um gasoduto espanhol, já em operação, enviar para todo mercado europeu. Logisticamente para os Estados Unidos é uma excelente opção, com o encurtamento das viagens marítimas, mas precisa ter mais frequência nos envios desse gás.
O embaixador dos Estados Unidos em Lisboa, George Glass (foto à direita), vem discutindo este tema com as autoridades portuguesas. Os dois países emitiram uma declaração conjunta no início das conversações que “sublinha a importância estratégica do Porto de Sines como ‘hub’ [centro de abastecimento] de GNL atlântico e da relação de Portugal-EUA na promoção do GNL como fator de reforço da diversificação da segurança energética europeia”. Em 2016, o Porto de Sines recebeu a primeira carga de GNL para a Europa e, a partir daí, continuou a ser o principal destino europeu para o gás natural liquefeito dos EUA. “As exportações de GNL dos EUA contribuem para a criação de empregos no setor energético, para diminuir os preços, ajudam a reforçar a segurança energética europeia e reduzem as emissões do setor”, disse o Presidente do Porto de Sines, José Luís Cacho.
Paulo Fernandes vem tratando de uma série de negociações com empresas portuguesas e também de outros países europeus, como Espanha e a Polônia, já visando a exportação de algumas de suas patentes no setor de pipelines. A empresa está negociando a travessia de um Rio na cidade de Wisla, para cruzar um oleoduto. Em sua viagem anterior reuniu-se com o Presidente do Porto de Sines, José Luís Cacho (foto à esquerda), onde conversaram sobre o aproveitamento de áreas; layout; encaminhamento para entendimentos com a operadora local (REN) e possível aplicação dos roletes produzidos pela Liderroll para serem usados nos piers do porto.
Da cidade do Porto, Paulo Fernandes esticou sua viagem de negócios para o norte de Portugal, onde foi conhecer possíveis áreas para instalação de novas fontes de obtenção de gases verde, os quais serão estratégicos em novos projetos de dutos específicos para os negócios pretendidos pela empresa brasileira. Eles se mostraram inclinados, mas as conversações neste caso, segundo Fernandes, ainda são embrionárias, mas tendem a crescer com o tempo. Um grupo de Português visitará o Brasil em setembro e terão duas outras reuniões com a empresa brasileira.
Para lembrar, as autoridades de Wisla, na Polônia, estão programando proporcionar à cidade uma melhor qualidade no tratamento das chamadas águas cinzas da região cortada pelo Rio Vistula, um dos mais importantes do país, que atravessa várias cidades do centro da Polônia. Lá, sob o rio, há um túnel com pouco menos de 4,4 metros de diâmetro, classificado como um túnel bem desafiador para se desenvolver atividades construtivas em espaço confinado, uma vez que as autoridades querem lançar dois tubos de aço de 55 polegadas (1,4 metro) de diâmetro X 18,00 mm de espessura de parede, cada um deles. São tubos especiais, gigantescos. Para isso, a empresa brasileira Liderroll foi convidada para fazer e se posicionar se há o interesse em executar toda a obra na modalidade EPC com toda a construção civil auxiliares e o lançamento dessas tubulações pelos mais de 1,3 quilômetro do túnel, além de um obstáculo ainda mais desafiador: três curvas horizontais acentuadas. As conversações estão adiantadas.
Paulo Fernandes voltará ao Brasil no próximo dia 5, mas até lá, manterá reuniões com alguns empresários portugueses do setor de energia solar, outro segmento que a empresa quer desenvolver na Europa. No primeiro semestre, Portugal aumentou a potência fotovoltaica em 16% face ao que tinha no final do ano passado. E a fatia do leão não veio das grandes centrais solares, que têm sido objeto de alguma contestação, mas sim de projetos descentralizados, para autoconsumo. O país tem metas ambiciosas para ampliar a produção de eletricidade nos próximos anos e uma grande parte dessa nova energia renovável virá das centrais fotovoltaicas. A estatística mais recente mostra que grande parte da nova capacidade que está a surgir no país é distribuída, sob a forma de unidades de produção para residências e pequenas empresas. E é exatamente o interesse da Liderroll e seu parceiro português.
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