EMPRESA CHINESA USA NOVAS TECNOLOGIAS PARA FISCALIZAR LINHAS DE TRANSMISSÃO QUE PODEM SER USADAS PARA GASODUTOS
A China Southern Power Grid mostra que já existe tecnologia para se vistoriar e fiscalizar linhas de transmissão de grandes distâncias. Uma tecnologia que poderia ser aproveitada para que a Transpetro fiscalize suas linhas de dutos. E seria ainda mais eficaz, se essas linhas de dutos fossem aparentes. O exemplo está na China. São 222.000 km de linhas de transmissão que permeiam 5 províncias do sul da China, abrangendo um milhão de quilômetros quadrados e atendendo uma base populacional de mais de 254 milhões de pessoas e 87,4 milhões de domicílios. A companhia é responsável por administrar, operar e gerenciar 45.500 quilômetros das redes de energia da região.
Realizar inspeções regulares na rede exige um investimento de recursos, desde mão de obra e equipamentos até gerenciamento. No passado, a inspeção da empresa cobriu 11.000 km de suas redes elétricas, utilizando métodos tradicionais, incluindo helicópteros tripulados e, ao final, conseguiram inspecionar pouco menos de um quarto do comprimento total de suas redes de energia elétrica. As novas tecnologias como solução do problema, melhorar a eficiência da inspeção e dimensionar as operações. Em 2012, a CSG começou a fazer testes com drones. A companhia implementou o uso de drones em nove cidades para inspeção de linhas de transmissão: por um custo muito menor, os resultados obtidos com os aparelhos foram de alta qualidade. Se por um lado eram mais fáceis para os inspetores operarem e transportarem para áreas remotas, por outro, os drones também entregavam resultados de inspeção detalhados com a mesma qualidade que os helicópteros tripulados por um custo muito menor.
Três anos depois, a nova tecnologia cresceu na empresa. Em 2015, a CSG já contava com uma equipe de operações de drones, com 387 unidades de aeronaves e 36 pilotos certificados. A quantidade de inspeções feita em um dia de trabalho de drone equivale a três dias de atividades dos métodos tradicionais. Foi preciso expandir as operações. E essa foi a grande sacada do centro de gerenciamento da CSG. A empresa fundou seu próprio centro de inovação tecnológica em 2018, pesquisando e desenvolvendo maneiras escaláveis e inteligentes de alavancar a nova tecnologia com a qual se familiarizaram ao longo dos anos de práticas.
A frota de drones da CSG tinha asas fixas e drones multi-rotor. Os pesquisadores rapidamente perceberam os prós e contras de ambos. As asas fixas tinham um tempo de voo mais longo, o que mostrava uma maior capacidade de cobrir distâncias mais longas com um único voo, enquanto os multi-rotores conseguiam captar imagens aéreas detalhadas com modos de voo mais flexíveis e controláveis. Com isso, surgiu a mistura e a combinação perfeita. As asas fixas foram enviadas em missões de voo de corredor de longa distância, trazendo de volta dados de nuvens pontuais e de alta precisão que foram processados e transformados em modelos de rotas. Os inspetores poderiam, então, estabelecer pontos de interesse nos modelos e enviar drones multi-rotor em missões automáticas para inspecionar as áreas dos principais ativos. Este foi apenas o primeiro passo das inovações escaláveis do CSG.
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