EMPRESA DE BIODIESEL DA PETROBRÁS PEDE RECUPERAÇÃO E ESTATAL CRITICA BIOCOMBUSTÍVEIS

Hilton Lima bio_oleoO biocombustível entrou na lista de “indesejáveis” do presidente da Petrobrás, Pedro Parente. A estatal se manifestou em consulta pública do programa RenovaBio, lançado pelo governo, com críticas à produção de biocombustíveis, indicando que esse mercado será cada vez menos priorizado pela empresa, e alguns sinais desse movimento já aparecem. Um deles é um pedido de recuperação judicial feito pela BioÓleo, em que a companhia detém 50%.

A joint venture foi formada em 2010, com a 2R Participações, após a compra de metade da participação na BioÓleo – fundada em 2007 – por R$ 15,5 milhões. Um dos donos da 2R Participações, Hilton Lima (foto), afirmou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que a parceria surgiu com o intuito de atender à demanda da Petrobrás, o que levou a um endividamento da empresa para realizar a expansão de suas instalações.

Hoje, as dívidas somam R$ 37 milhões devidos a bancos e outros R$ 3 milhões a pequenos fornecedores de óleo de caroço de algodão, sendo que o produto final da BioÓleo é o óleo refinado de origem vegetal. No entanto, a Petrobrás reduziu suas compras do produto, de 45 mil toneladas para 10 mil toneladas anuais entre 2015 e 2016.

Um dos comentários feitos pela estatal na consulta pública do RenovaBio afirmava que o Brasil não precisa aumentar o uso de biocombustíveis para ajudar a cumprir suas metas no acordo climático de Paris, acrescentando que outras formas de contribuição teriam menor impacto econômico. Ou seja, tudo indica que os biocombustíveis ficarão para trás na estratégia da companhia.

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