EMPRESA ESPANHOLA CONSEGUE ASSUMIR 300 MILHÕES EM AÇÕES DA OSX NA HOLANDA
Quando a fase não está boa, nada parece dar certo. Agora o empresário Eike Batista está às voltas com a construtora espanhola Acciona que conseguiu na Justiça holandesa o arresto das ações da OSX Leasing – filial do estaleiro OSX. Os porta-vozes da Acciona em Madrid, disseram que o embargo é parte da estratégia para tentar receber a soma devida pela OSX, que chega a R$ 300 milhões. A subsidiária holandesa é dona das plataformas de petróleo da OSX, que está em recuperação judicial. As plataformas foram colocadas à venda para pagar as dívidas do estaleiro e também da petroleira OGX, que encomendou os equipamentos.
A OSX deve contratar um advogado na Holanda para cuidar do assunto e evitar que o arresto obtido pela Acciona impeça seus planos de venda das plataformas. O feriado no Rio de Janeiro dificultou a localização dos assessores da empresa brasileira para que comentassem o assunto.
Já se sabia que a Acciona também entrou com outra ação na Justiça do Rio de Janeiro, exigindo que os dividendos que a OSX recebe pelo aluguel da plataforma instalada no campo de Tubarão Martelo fossem depositados em uma conta para garantir os direitos da construtora espanhola, mas sem solução formal sobre a situação.
A Acciona foi contratada para uma série de obras do grupo de Eike, incluindo a construção de diques para o estaleiro OSX. Em junho do ano passado, a empresa espanhola já reclamava de um débio
de R$ 500 milhões. No final de agosto de 2013, a Acciona fechou um acordo com a OSX, aceitando receber apenas R$ 300 milhões. Os espanhóis parcelaram a dívida em 36 parcelas, com o primeiro pagamento em 2014, mas a OSX entrou em recuperação judicial no final do ano passado e esse acordo não foi cumprido.
Para renovar por um ano um empréstimo de cerca de R$ 1 bilhão com a OSX, Votorantim e Caixa exigiram como garantia o dinheiro obtido com a venda das plataformas, mas o pedido teria que ser aprovado pela Justiça. Se a demanda dos bancos for atendida, os demais credores, incluindo os fornecedores, ficam em uma situação complicada. Os principais são a espanhola Acciona e a ítalo argentina Techint.
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