EMPRESÁRIOS APOSTAM EM INVESTIMENTOS NA INFRAESTRUTURA PARA UM NOVO ANO COM MAIS OTIMISMO
O Petronotícias segue com seu programa de ouvir personalidades influentes no mercado brasileiro para saber o que pensam e quais são, em suas opiniões, as perspectivas políticas e econômicas para 2018. Desta vez ouvimos o experiente e respeitadíssimo Antônio Muller, engenheiro que atua em setores estratégicos da nossa economia, que hoje é o Presidente do Conselho de Administração da Tridimensional Engenharia. Ouvimos também o Presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, que traz um posicionamento bem positivo para o ano que vem. Vamos saber o que eles pensam, a começar por Antônio Muller.
1- Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor?
– “ O ano 2017 para o segmento de engenharia industrial foi muito difícil. Foi um ano sem investimentos de obras de médio e grande em todos os principais segmentos tais como óleo e gás, mineração, papel e celulose, geração e transmissão de energia elétrica. As empresas que passaram de maneira sadia e competentemente por este vale, sem dúvidas serão mais fortes no futuro, pois vale ressaltar que as empresas se reorganizaram e se tornaram mais competitivas.”
2- Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?
– “ A solução imediata para o Brasil é se tornar mais previsível para propiciar um ambiente mais claro institucionalmente para o investimento criando assim implantação de empreendimentos importantes nos vários segmentos industriais e de infraestrutura. É importante também as empresas terem acesso a crédito em nível internacional, bem como, apoio do governo para exportação de serviços. Empresas brasileiras no passado participaram em importantes países em vários continentes. É importante o retorno.
A perspectiva para 2018, mesmo sendo um ano de eleições, se apresenta com sinais positivos, pois o segmento de óleo e gás apresentou leilões de bastante sucesso mesmo com investimentos de longo prazo mostrando assim um sinal de investimentos de operadores internacionais e brasileiros em produção offshore, no setor de midstream e downstream já se apresentam algumas oportunidades de porte para o ano de 2018.”
3- Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?
– “ Com o aumento de consumo pela população, o segmento de bebidas e alimentício sem dúvida nenhuma retornarão o investimento de novas fábricas e ampliações das existentes. O setor de geração e transmissão de energia elétrica é o mais preocupante, pois não existe uma clara definição por parte do governo sobre o que e como fazer. Corremos o risco de termos um novo racionamento de energia em 2018 ou 2019. Os outros segmentos industriais ainda não mostraram nenhuma sinalização de investimentos de porte.”
Veja agora as opiniões do presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann:
1- Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor?
– “ Todas mudanças propostas pelo MME estão, seja a proposta do novo Marco Legal da energia elétrica e o Renovabio em fase de aprovação em Regime de urgência no Congresso, estão construindo as bases de um futuro energético sustentável com um dos pilares sendo o biogás e o biometano. A legislação e regulamentação está praticamente pronta, com a participação do biogás em leilões de EE e também com a regulação do biometano que faltava a partir de RSU e estação de tratamento de esgoto, que a ANP regulou em julho desse ano, em uma atualização da ANP 8/2015 que regulou o biometano do resíduo agrosilviopastoril.
Pela primeira vez a EPE considerou no plano decenal de energia um potencial de quase 3 GWs a partir do resíduo Sucroenergético até 2026 além de 300 MWs de geração distribuída a partir de outras fontes de resíduos orgânicos como a cadeia de proteína animal. O IV Fórum do biogás realizado em outubro foi um sucesso com recorde de público e as iniciativas de novos projetos estão se disseminando. Estamos muito otimistas com o futuro. Nunca estivemos em uma situação mais favorável para aliar a solução de possíveis passivos ambientais, com a geração de energia renovável não intermitente, estocável para geração de base e também substituição de diesel por biometano nas grotas dedicadas, seja na agroindústrias ou na área urbana, na frota de ônibus e no transporte de resíduos.”
2- Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?
– “ No setor energético continuar com as reformas e a aprovação pelo Congresso Nacional dos programas desenvolvidos pelo MME como Renovabio, Gás para Crescer e combustível Brasil, além da proposta do novo Marco Legal da EE. No plano macro uma reforma da previdência viável, mas que trate das questões insustentáveis do modelo atual.”
3- Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?
– “Estamos bastante otimistas, o Brasil precisa crescer e vai voltar a crescer e para isso precisa de energia, elétrica e combustível, renovável e confiável. O biogás é umas das alternativas viáveis e de grande potencial que será parte da solução.”
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