EMPRESAS CANADENSES ESTÃO PRONTAS PARA PRODUZIR MOLIBIDÊNIO-99 PELA PRIMEIRA VEZ EM UMA USINA NUCLEAR

A Ontario Power Generation (OPG), sua subsidiária Laurentis Energy Partners, BWXT ITG Canada e suas afiliadas disseram que estão fazendo “progresso significativo” em direção à produção de molibeno-99 (Mo-99) na planta de Darlington da OPG. Darlington será a primeira usina nuclear em grande escala a produzir o radioisótopo médico, informaram. A Usina de Darlington produzirá Mo-99 para uso em novos geradores de tecnécio-99m (Tc-99m) projetados pela BWX Technologies. Nos últimos 24 meses, uma equipe de mais de 100 funcionários da BWXT e da Laurentis projetaram ferramentas especializadas para permitir essa produção.

A BWXT também construiu uma instalação de fabricação para produzir componentes Mo-99 que serão entregues pelo ferramental especializado, que será instalado em Darlington. As ferramentas entregarão molibdênio natural ao reator de Darlington para irradiação, o que permitirá que ele  se torne o primeiro reator nuclear operacional comercial a produzir Mo-99. O Mo-99 é usado para gerar Tc-99m, que é o radionuclídeo mais usado no mundo para imagens médicas. Tanto o Tc-99m quanto o Mo-99 são gerados a partir de meias-vidas curtas e precisam ser usados rapidamente depois de produzidos, portanto, é necessário um suprimento constante e estável deles. Mo-99 foi produzido principalmente por um número limitado de reatores de pesquisa, usando alvos de urânio enriquecido.

“Este equipamento avançado é um exemplo de como a Laurentis está maximizando décadas de experiência na indústria nuclear para o fornecimento de soluções inovadoras”, disse Dominique Minière, presidente da Laurentis Energy Partners. O presidente da BWXT ITG, Martyn Coombs, disse que “Estamos bem encaminhados com a transformação de nossa instalação de medicina nuclear em Ottawa para poder processar Mo-99 e fabricar geradores Tc-99m. Esses geradores serão usados para fazer radiofármacos para os pacientes e ajudarão a resolver a escassez histórica desse produto vital.”

A OPG está reformando os quatro reatores Candu na Usina de Darlington, em um projeto   de US$ 9 bilhões, que permitirá que a estação opere por mais 30 anos. A primeira unidade a passar pela reforma – Darlington 2 – voltou a funcionar em junho e as obras foram iniciadas na reforma da unidade 3 no início deste mês.