EMPRESAS DO SETOR ELETRO-ELETRÔNICO ESTÃO USANDO ALTERNATIVAS PARA NÃO DEMITIR SEUS FUNCIONÁRIOS
A sexta sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), realizada no dia 4 de março, sobre o impacto da pandemia de coronavírus na produção da indústria elétrica e eletrônica apontou que a redução no número de empregados continua sendo o último recurso adotado pelas empresas do setor. Conforme o levantamento, embora tenha aumentado o percentual de entrevistadas que promoveram demissões, que estava em 20% em fevereiro, passou para 29% em março, e para 30% em abril, a maior parte das empresas está determinada a preservar os empregos neste período adverso decorrente da pandemia.
Observou-se que 80% das empresas indicaram que não reduziram seus quadros de empregados no mês de fevereiro de 2020, 71% deram essa indicação ao se referir ao mês de março e, 70% no mês de abril. “Mesmo nesse último mês em que verificamos o agravamento dos impactos negativos da pandemia, o percentual continua alto”, afirmou o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato. Ele disse que as características do setor em função do nível de sofisticação dos bens fabricados e grau de desenvolvimento tecnológico explicam essa opção: “Temos uma mão de obra muito qualificada, de tal forma que as empresas buscam reter esses profissionais já treinados vislumbrando a retomada das atividades.”
Conforme essa última pesquisa, 95% das entrevistadas estão realizando ações com o objetivo de evitar ou reduzir demissões, como o home-office; antecipação de férias individuais; acordos de redução de jornada de trabalho e salários; uso do banco de horas; férias coletivas; suspensão de contratos de trabalho; antecipação de feriados; utilização de linha de crédito para folha de pagamentos. Também foram citadas outras ações como: licença remunerada; atuação em novos segmentos de comercialização; renegociação de contratos de serviços e dívidas bancárias; contingenciamentos de caixa, como por exemplo, a proibição de horas extras nesse período.
Barbato ponderou que, apesar da determinação da maior parte das entrevistadas em manter os empregos no setor, as incertezas quanto à evolução da pandemia continuam causando muita preocupação: “Não se sabe a duração e a intensidade das medidas de isolamento social até que seja possível realizar o retorno de uma forma segura”.
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