EMPRESAS HOLANDESAS BUSCAM NOVAS OPORTUNIDADES NO MERCADO DE ÓLEO E GÁS BRASILEIRO
Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –
O momento de recessão não vem impedindo o interesse de empresas holandesas em investir no mercado brasileiro de óleo e gás. Diversas companhias do país fizeram uma visita, neste mês, ao Estaleiro Brasa, da SBM Offshore, em Niterói, buscando novas parcerias e negócios para atuar em variados setores da cadeia produtiva no Brasil. Responsável pela organização do evento, o diretor da Câmara de Comércio Exterior Brasil-Holanda do Rio de Janeiro, Maarten de Haan, afirma que as empresas presentes na visitação ainda enxergam de forma otimista as perspectivas da indústria naval brasileira e esperam concretizar empreendimentos com novos parceiros no país. Embora os investimentos estejam reduzidos atualmente, as grandes empresas holandesas avaliam o Brasil a longo prazo e pretendem expandir seus negócios no mercado de petróleo e gás. O interesse dessas companhias continua firme, conta Maarten, que menciona rumores acerca da Shell estar formando um fundo bilionário para investir em áreas do mundo todo, incluindo o Brasil.
A visita ao estaleiro trouxe boas perspectivas para negócios nas mais diversas áreas do setor naval, e poderá se repetir ainda neste ano, segundo o diretor da Câmara. “O Brasil não é hoje como era antes, com montanhas de ouro em que todos querem entrar. Mas ainda há empresas que querem se estabilizar aqui, com perspectivas para os próximos cinco, dez anos”. Entre as companhias holandesas que visitaram o estaleiro estão Boskalis, Shell, Dockwise, Atlas Professionals, Veth Propulsions, Loggers, Netherlands Maritime Technology, Zaroni Advogados, Control Union, Ampelmann e Van’t Hek.
O que as empresas acharam da visita?
Acho que foi muito interessante, porque o perfil das empresas que foram é tão diferente que cada uma delas olhou o estaleiro com uma perspectiva própria. Eu também gostei muito da visita, é uma operação realmente profissional. Com certeza vou voltar com outras empresas.
Houve algum foco específico na visitação?
As empresas são de várias áreas. Tinha uma holandesa especializada em inspeções e segurança que viu como funcionam as embarcações e talvez abra um negócio aqui. Outra, por exemplo, era mais focada nos serviços de exploração de poços, então tiraram fotos para mandar para a Holanda e devem fazer uma proposta de negócio para a SBM Offshore.
Em quais segmentos atuavam as outras empresas?
Tivemos companhias como a Shell, mas também outras como a Boskalis, que é uma grande empresa holandesa de dragagem. Nessa área marítima, tivemos empresas especializadas no recrutamento e em recursos humanos, além de outras na produção de equipamentos.
Como elas têm visto o mercado brasileiro atualmente?
Acho que é importante fazer negócios agora para sobreviver a esse período, e ainda tem bastante trabalho a ser feito aqui, mesmo com todos os problemas da Petrobrás. Se você tem bons produtos e serviços, você fica mais forte no final do túnel, e as empresas mais fracas desaparecem. Mesmo em tempos não muito bons surgem boas oportunidades.
Houve grande redução nos investimentos?
O Brasil não é hoje como era antes, com montanhas de ouro em que todos querem entrar. Mas ainda há empresas que querem se estabilizar aqui, com perspectivas para os próximos cinco, dez anos. Para as grandes empresas não faz diferença que agora fique um pouco pior, porque elas possuem fundos para sobreviver e ficar bem quando tudo voltar a crescer. Um bom exemplo é a Shell, que pelo que temos ouvido está montando um grande fundo de bilhões de euros para comprar ativos no mundo todo, incluindo uma parte do que a Petrobrás terá que vender por causa das dívidas.
Qual a perspectiva de investimento brasileiro na Holanda?
Há várias empresas brasileiras na Holanda, porque temos o porto de Roterdã, que é o maior porto da Europa. Lá existem também vários benefícios fiscais, então as grandes companhias brasileiras têm sede no país. A estrutura é muito boa, e é também um mercado muito qualificado.
A Câmara de Comércio tem outros projetos voltados para o setor?
Nós estamos acostumados a montar um evento a cada dois ou três meses, não apenas para a área de óleo e gás. O próximo deverá ser em outubro, quando vai acontecer a OTC Brasil. Ainda não definimos o que vai ser feito exatamente, mas com certeza faremos algo nesse período.
Há novos eventos para negócios sendo planejados?
Antes, fazíamos quatro, cinco missões de negócios no Brasil, e neste ano teremos a primeira apenas em novembro. Durante a OTC, talvez façamos uma proposta com essas empresas para visitarmos novamente o estaleiro. E em novembro acontecerá na Holanda uma outra feira, então estamos organizando uma missão de empresas brasileiras para ir ao evento. Estou apoiando essa missão, que deve ter representantes de grupos como Firjan, ONIP, Sebrae e Rio-Negócios.
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