EMPRESAS JAPONESAS AUMENTAM PARTICIPAÇÃO NO ATLÂNTICO SUL
Empresas japonesas acertaram a compra de 25 % do Estaleiro Atlântico Sul depois de mais de um ano de negociações. A informação foi confirmada pelo repórter Francisco Góes, do jornal Valor Econômico, em reportagem especial. O grupo de empresas é formado pela IHI Corporation – antiga Ishikawajima Harima Heavy Industries – JGC e JMU . Agora, a Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que hoje controlam o EAS meio a meio, serão diluídas na operação de aumento de capital para entrada dos japoneses, ficando com 37,45% de participação cada uma.
A IHI é um conglomerado industrial que já teve um grande estaleiro no Brasil, o Ishibrás. O grupo deixou o país em 1994 e voltou no fim de 2010. A JGC (iniciais de Japan Gasoline Company) é uma empresa global da área de engenharia, com 85 anos de existência. Já a JMU é resultado da fusão da IHI Marine United, divisão de construção naval e offshore da Ishikawajima, com a Universal Shipbuilding. No Japão, a JMU tem diversos estaleiros: os maiores em Yokohama, Aichi e Kure.
O EAS enfrentou problemas de baixa produtividade, prejuízos e atrasos na construção de navios e de sondas, que tem em carteira 22 navios encomendados pela Transpetro, por R$ 7 bilhões. A Sete Brasil, empresa que tem a Petrobras como sócia, encomendou sete sondas ao estaleiro por US$ 5,2 bilhões. Desde o ano passado, quando a IHI Marine United acertou um acordo de transferência de tecnologia com o EAS, profissionais japoneses passaram a trabalhar no estaleiro. Em 2011, o EAS teve prejuízo de R$ 1,47 bilhão. No ano passado, o prejuízo caiu para R$ 138 milhões.
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