ENERGIA SOLAR AINDA NÃO É VIÁVEL EM GRANDE ESCALA, MAS É BOA SAÍDA PARA RESIDÊNCIAS
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) fez um estudo sobre as possibilidades de inserção da energia solar na matriz brasileira, mas os resultados apontam que a geração em grande escala (centralizada) ainda não é viável, mesmo com incentivos do governo, enquanto que para produção residencial pode ser uma boa saída. De acordo com o documento, o Brasil tem potencial para produzir 20 MW a partir de painéis fotovoltaicos, no entanto 99% dessa produção seria “destinada ao atendimento de sistemas isolados e remotos, principalmente em situações em que a extensão da rede de distribuição não se mostra economicamente viável”.
O estudo avalia de forma positiva as possibilidades de geração encontradas no Brasil, principalmente por conta de suas características naturais, como altos níveis de insolação e grandes reservas de quartzo de qualidade, que podem gerar importante vantagem competitiva para a produção de silício com alto grau de pureza, células e módulos solares, produtos estes de alto valor agregado, utilizados neste tipo de geração.
De acordo com a EPE, essas qualidades são importantes para atrair investidores e potencializar a expansão do mercado interno, no entanto o relatório deixa claro que a participação do governo com incentivos é indispensável para o crescimento desse novo tipo de geração na matriz do país.
“Reconhecendo as suas vantagens, mas também os seus desafios, cabe ao Estado, em sua função de planejador, encontrar os meios de incentivar a tecnologia solar para que esta possa contribuir para o objetivo nacional de desenvolvimento econômico e de sustentabilidade da matriz energética”, afirma a EPE no estudo.
Segundo a pesquisa, os custos para a geração solar ainda estão muito altos. Para a geração industrial, por exemplo, o investimento inicial necessário para uma potência de mil kWp seria de R$ 5,185 milhões, com um custo de geração avaliado em R$ 402 por MWh.
Já em relação à geração residencial, para um investimento inicial de R$ 38 mil, o custo do MWh ficou estimado em R$ 602, enquanto que para um investimento de R$ 69 mil, o custo do MWh fica em R$ 541.
As tarifas médias da Aneel apontam que o custo do MWh no país para residência fica em R$ 457, enquanto o industrial fica em R$ 336. No entanto, para o consumo residencial, a tarifa final das distribuidoras pode variar entre R$ 240 e R$ 709 o MWh.
Companhias como Energisa Minas Gerais (Minas Gerais), Cemar (Maranhão), Cepisa (Piauí), Ampla (Rio de Janeiro) e Cemig (Minas Gerais) cobram mais por MWh do que o custo estimado para a geração solar.
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim (foto), estima que a isenção fiscal e o incentivo através de financiamentos de painéis fotovoltaicos podem ser fatores influenciadores importantes no crescimento deste mercado.
Tenho lido que na Espanha e nos EUA já estão bem adiantado nesta matéria,ou seja, com esta tecnologia. Há ainda um estudo da geração de energia solar na África o que geraria energia pra toda Europa, com a construção de usina Termo solar, o problema maior estaria na distribuição, mas nenhum bicho de 7 cabeças que a nossa engenharia não possa resolver. Realmente o custo desta energia seria muito superior se comparando com as atuais, mas não podemos esquecer de um detalhe, o custo diminuiria com o tempo, pois os investimentos iniciais serão amortizados, e a tendência do custo de… Read more »