ENERGY FUTURE LANÇA CHAMADA TECNOLÓGICA PARA ENFRENTAR DESAFIOS DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA NO SETOR ELÉTRICO | Petronotícias




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ENERGY FUTURE LANÇA CHAMADA TECNOLÓGICA PARA ENFRENTAR DESAFIOS DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA NO SETOR ELÉTRICO

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

Apolo LiraCooperação e união de forças são os termos da vez no setor elétrico quando o tema é segurança cibernética. O avanço da digitalização do segmento nos últimos anos foi responsável por ganhos de produtividade para as companhias, mas trouxe consigo também novos riscos associados a crimes cibernéticos. Para enfrentar esses desafios, a plataforma de inovação Energy Future lançou nesse mês uma agenda de inovação focada na cibersegurança do setor elétrico. O projeto inclui workshops, relatórios, reportagens, websérie, além da promoção da chamada de desafio tecnológico. A aposta é que a inovação aberta é o melhor caminho para o desenvolvimento de soluções de segurança digital. “É necessário uma abordagem integrada de segurança. A Agenda Setorial nasce exatamente da proposta de se ter um plano de ação setorial, que por meio da inovação aberta, consolide uma cultura integrada e recíproca de conhecimento”, disse o diretor executivo do Energy Future, Apolo Lira, em entrevista ao Petronotícias. “Se o ataque é em rede, a defesa também precisa ser”, destacou. O executivo afirmou também que as propostas aplicadas e validadas no desafio terão a oportunidade de apresentar suas soluções diretamente para grandes empresas do setor elétrico brasileiro, podendo cativar interesse em aporte.

Antes de comentar sobre cibersegurança, seria importante começar falando sobre como tem sido a relação do setor elétrico com o tema de inovação aberta.

nova-redeÉ impossível falar de modernização no setor elétrico sem atrelá-la à inovação aberta. Uma vez que a inovação deixa de ser commodity para ser um serviço essencial integrado a uma nova experiência de consumo, os novos produtos e serviços relacionados exigem investimentos em tecnologias inovadoras. Para isso, o ecossistema do setor elétrico precisa fortalecer a conexão com os diversos atores deste cenário, que incluem startups, empreendedores, indústria, ICTs, utilities e comercializadoras. E o Energy Future, como uma plataforma de inovação digital tecnológica, coloca-se no papel de facilitar essa conexão, criar pontes e ambientes para trocas de experiências.

A inovação aberta será um caminho necessário para o enfrentamento das inúmeras ameaças cibernéticas da atualidade?

Sem dúvidas. No setor elétrico, temos a característica de cada empresa olhar para a cibersegurança de sua própria organização de uma maneira muito individualizada. Faltam mecanismos de trocas de informações sobre ataques, novas ameaças, riscos e mesmo compartilhamento de experiências.

Com o forte aumento no número de casos, torna-se mais evidente que a expansão dos investimentos, por si só, não vai garantir a proteção. É necessário uma abordagem integrada de segurança. A Agenda Setorial nasce exatamente da proposta de se ter um plano de ação setorial, que por meio da inovação aberta, consolide uma cultura integrada e recíproca de conhecimento. Se o ataque é em rede, a defesa também precisa ser.

Poderia falar dos temas que serão tratados no primeiro ciclo da Agenda Setorial?

Ataques_ciberneticosA Agenda Setorial é um programa que identifica e prioriza as dores do mercado de energia elétrica, propondo rotas de inovação em temas estratégicos. No primeiro ciclo da agenda, em parceria com a Accenture, estamos mapeando as dores e soluções tecnológicas voltadas aos desafios da cibersegurança no setor elétrico.

A partir de uma pesquisa realizada com grandes empresas do setor, identificamos objetivos relevantes, que deram origem às categorias do desafio setorial lançado no dia 20 de janeiro. São elas: Inteligência de Ameaças, Resposta a incidentes, Treinamentos, Padrões de Segurança, além de Tecnologias de proteção.

Qual o perfil de empresas que podem participar como fornecedoras de soluções inovadoras? E qual será o grande ganho para essas companhias nesse desafio?

No desafio setorial, serão aceitas propostas aplicadas por pessoas jurídicas que se enquadrem como Laboratórios, Universidades, Empresas de Tecnologia, Consultorias, Indústrias, Institutos de Pesquisa ou Startups. É importante destacar que as aplicações apenas serão aceitas através da plataforma Energy Future.

As propostas aplicadas e validadas no desafio terão a oportunidade de apresentar suas propostas diretamente para grandes empresas do setor elétrico brasileiro, podendo cativar interesse em aporte.

Além disso, as propostas escolhidas ao final do processo de seleção ganharão destaque na plataforma de marketplace do Energy Future, bem como em materiais de comunicação para o mercado de energia, ampliando a possibilidade de uma futura contratação e ou parceria.

Quais são as empresas âncoras que estão participando desse ciclo? Já é possível falar, de maneira geral, dos principais desafios propostos por essas empresas?

rede de transmissoO atual Ciclo da Cibersegurança é resultado de um esforço conjunto do Energy Future, Accenture e as empresas Furnas, Energisa, 2W Energia, Atiaia Renováveis, Copel, CPFL, Pacto Energia e Urca Energia, que participam como embaixadoras do Ciclo de Cibersegurança e avaliadoras ao longo da avaliação das propostas.

As empresas querem conhecer, entender e relacionar com novas tecnologias, soluções para enfrentar os desafios do setor elétrico. Nós criamos este espaço para que tudo isso aconteça de forma estruturada.

Poderia detalhar o cronograma e os investimentos previstos nesse programa?

Para 2022, o Ciclo de Cibersegurança, que se encerra no final de março, tem uma série de ações previstas, que incluem a realização de workshops com líderes de empresas do setor elétrico, que desejam protagonizar ações no tema; produção de conteúdo público como relatórios, reportagens e websérie; além da promoção da chamada de desafio setorial, que tem inscrições abertas até o dia 9 de fevereiro.

As empresas estão investindo grandes volumes para adequações, e existem os próprios orçamentos regulados de P&D. Neste primeiro momento, a intenção é aproximar e realizar provas de conceito, criando assim oportunidades para realização de planos maiores de recursos. Anualmente, as empresas juntas possuem mais de R$ 200 milhões de recursos regulados para investir em inovação. O tema é pauta de todos os presidentes e diretores do setor elétrico.

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