ENEVA ANUNCIA COMPRA DE TERMELÉTRICAS DO BTG E OFERTA DE AÇÕES DE ATÉ R$ 4,2 BILHÕES
Uma manhã com novidades importantes envolvendo a Eneva. A empresa anunciou no início desta terça-feira (16) que chegou a um acordo para adquirir usinas termelétricas do BTG Pactual – que é um dos acionistas da companhia de energia. A Eneva avalia que a aquisição dos ativos representa uma oportunidade importante de geração de valor, aderente à estratégia e aos seus negócios, oferecendo sinergias, ganhos de eficiência e gatilhos de crescimento.
Com o acordo, a Eneva adquiriu a Tevisa, que tem como principais ativos a termelétrica Viana, movida a óleo, e a termelétrica Viana 1, movida a gás natural, situadas no município de Viana (ES), com 174,6 MW e 37,5 MW de capacidade instalada, respectivamente. O outro ativo comprado foi a Povoação, detentora da Central Geradora Termelétrica – UTE Povoação 1, usina também localizada no município de Linhares, movida a gás natural, com capacidade instalada de 75 MW.
A Eneva também comprou a participação de 50% do BTG na Gera Maranhão, que possui como objeto social exclusivamente a implantação e exploração de duas termelétricas movidas a diesel, UTE Geramar I e UTE Geramar II, em Miranda do Norte (MA), com capacidade total de 332 MW. Por fim, a empresa também adquiriu a participação que um fundo gerido pelo BTG detinha na Linhares, que tem como principal ativo a Usina Termelétrica Luiz Oscar Rodrigues de Melo, em Linhares (ES), com capacidade instalada de 240 MW.
Na operação para aquisição da Tevisa e Povoação, a Eneva irá emitir 126.071.428 novas ações ao BTG, considerando o preço de R$ 1,76 bilhão dos ativos, além do direito de subscrição de até 16.330.346 ações, sujeito ao êxito na antecipação do contrato de reserva de capacidade de Tevisa e à potencial recontratação das usinas Viana e Povoação no próximo leilão de reserva de capacidade.
No caso da aquisição da Gera Maranhão, a Eneva irá pagar R$ 285 milhões ao BTG pela participação na companhia, além de uma parcela contingente que pode chegar a R$ 126 milhões, sujeita ao êxito na antecipação do contrato de reserva de capacidade. E, finalmente, na operação da Linhares, a Eneva irá pagar ao fundo R$ 206 milhões pela compra das dêbentures da Linhares e R$ 650 milhões pela aquisição. Além disso, há uma parcela contingente que pode chegar a R$ 103 milhões.
A Eneva comunicou ainda que contratou bancos para conduzir uma oferta pública subsequente de novas ações ordinárias (“follow on”), que poderá arrecadar até R$ 4,2 bilhões. As ações serão emitidas ao preço de 14 reais cada. Os recursos obtidos serão destinados à implementação de seu plano de negócios e à otimização da estrutura de capital. Os acionistas da companhia, como o BTG (23,3%), Cambuhy Investimentos (20%) e Partners Alpha (15%), terão direito de prioridade para subscrever até a totalidade das novas ações no potencial “follow on”.
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