ENEVA NEGOCIA ASSUMIR O CONTROLE DE NOVO PORTO DE MACAÉ PARA CONSTRUIR HUB DE GÁS NATURAL NO SUDESTE

Ilustração do futuro Terminal Portuário de Macaé

A Eneva deu um passo importante para assumir o controle do futuro Terminal Portuário de Macaé (Tepor), no norte do estado do Rio de Janeiro. A empresa firmou acordos de exclusividade e preferência com o Grupo Vale Azul (idealizador do empreendimento) a fim de tornar-se o acionista controlador do terminal, com 65% do total de ações. A Vale Azul, por sua vez, ficaria com uma fatia de 35% de participação. Caso a transação seja efetivada, Eneva e o Grupo Vale Azul criarão uma joint venture que irá desenvolver, gerenciar e explorar o Projeto Tepor. Para a Eneva, a oportunidade de assumir o terminal abrirá as portas para o desenvolvimento de hub de gás natural no coração da indústria de óleo e gás do Rio de Janeiro, perto de importantes infraestruturas.

“O Acordo representa um importante passo na estratégia da Companhia de diversificação geográfica com o desenvolvimento de um hub de gás no Sudeste, com térmicas, infraestruturas associadas e suprimento de GNL via terminal de regaseificação, com grande potencial de acessar gás doméstico, uma vez que se localiza em Macaé, próximo ao Terminal de Cabiúnas e chegada na costa do gasoduto Rota 2, de escoamento de volume relevante da produção nacional atual”, escreveu o diretor financeiro da Eneva, Marcelo Habibe, em comunicado enviado aos investidores da empresa.

Habibe informou ainda que se a negociação for concretizada, a Eneva terá ainda a opção de desenvolver outros negócios no Tepor, como a distribuição de GNL em pequena escala, transbordo de óleo, líquidos e outras cargas.

O Tepor tem licença ambiental prévia e contempla diversas atividades logísticas e portuárias, além de instalações de processamento de gás e armazenamento de líquidos diversos. O licenciamento do projeto inclui um terminal de granel líquido, um terminal de apoio offshore, um terminal de GNL com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia, um terminal para manuseio de operações de petróleo bruto com quatro cais de atracação e retroáreas primárias secundárias e terciárias para suportar tais terminais, com 4 milhões de metros cúbicos. O projeto do Tepor prevê ainda uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), que não fará parte do negócio com a Eneva.

Com os acordos assinados, a Eneva terá agora diretos exclusivos para analisar e negociar a oportunidade até 30 de dezembro de 2022. Durante esse período, o Grupo Vale Azul e o Tepor não poderão iniciar ou continuar negociações ou, de qualquer forma, discutir, negociar ou celebrar qualquer acordo ou arranjo que trate do negócio com a Eneva, direta ou indiretamente.

Passado esse período de exclusividade sem nenhuma conclusão, começará outro prazo no qual a Eneva terá um direito de preferência para a celebração da transação ou aquisição do Projeto Tepor em geral. Esse período ficou estabelecido entre 1º de janeiro de 2023 e 30 de dezembro de 2024. Nesse intervalo, o Grupo Vale Azul poderá procurar livremente outros investidores interessados para desenvolver, gerenciar e explorar o Projeto Tepor, observado o direito de preferência da Eneva.