ENEVA TERÁ QUE RECOMPOR LASTRO DA UTE MARANHÃO III | Petronotícias




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ENEVA TERÁ QUE RECOMPOR LASTRO DA UTE MARANHÃO III

romeu-rufinoA Eneva (ex-MPX) terá que comprar energia para lastrear os contratos firmados pela UTE Maranhão III, que só em março totalizou R$227 milhões. A Aneel negou o pedido de medida cautelar interposto pela UTE Parnaíba II, que pleiteava a suspensão ou prorrogação do início do suprimento dos Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEARs) firmados pela termelétrica, bem como o afastamento de penalidades relacionas a não entrega de energia.

A geradora argumentou que o atraso no empreendimento foi causado pela demora na assinatura dos contratos de comercialização com as distribuidoras e requereu o reconhecimento de 503 dias como excludente de sua responsabilidade, mas o diretor-geral da Aneel, Romeu Donizete Rufino, afirmou que o atraso do empreendimento foi causado no fornecimento do combustível da usina, que é operada a gás natural.

Ele ainda determinou que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica promova a recontabilização de todos os meses em que os contratos da térmica deixaram de ser contabilizados em virtude de pendências de assinatura com as distribuidoras, devendo os valores serem lançados imediatamente no processo de contabilização em curso.

O presidente da Eneva, Fábio Bicudo, disse que a medida não é boa nem para a Eneva, depois dos bilhões investidos, e nem para a Aneel.  De acordo com o executivo, existem alternativas e a empresa pretende encontrar uma solução “equilibrada” junto com o órgão regulador. A usina firmou contratos no leilão A-3, com compromisso de entrega de 400 MW médios de energia previsto para 1º de março deste ano e de 450 MW médios para 1º de janeiro de 2015, mas o projeto atrasou.

A empresa reduziu em 71% seu prejuízo líquido do primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, passando de R$ 250,901 milhões para R$ 71,931 milhões. A receita líquida da companhia subiu 199%, de R$196,098 milhões para R$586,771 milhões e o Ebitda foi R$103,912 milhões, revertendo o resultado negativo de R$137,645 milhões do primeiro trimestre de 2013.

Na mesma comparação entre períodos, a venda de energia aumentou 218%, de 708 GWh para 2.249 GWh. Segundo a companhia, o resultado foi impulsionado pelo aumento da capacidade comercial e pela melhoria da operação das usinas a carvão.

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